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Equador revive conflito sobre exploração de petróleo na Amazônia

Governo anunciou licitação para exploração de 13 novos campos de petróleo. Grupos indígenas no sudeste da Amazônia equatoriana protestam

Os planos oficiais de extração de recursos naturais novamente colocam o presidente do Equador, Rafael Correa, em disputa com líderes indígenas do país. A causa desta vez é o novo processo de licitação internacional para a exploração do petróleo em larga escala na Amazônia equatoriana que o governo do país acaba de iniciar.

 

Em março, a polêmica tinha relação com megaprojetos de mineração anunciados pelo governo equatoriano cuja boa parte ainda espera que se concretize.

 

Agora, o enfrentamento é pela abertura recente da licitação para que empresas estrangeiras façam investimentos em 13 campos de petróleo no sudeste da Amazônia equatoriana.

 

“Basta desse infantilismo de ‘não ao petróleo’, ‘não à mineração'”, afirmou Correa ao defender o “aproveitamento responsável” dos recursos naturais não renováveis que o país possui.

 

Correa advertiu que, segundo dados do governo, “se não for explorado agora, o petróleo do Equador acaba em dez anos”, e insistiu que os recursos que o Estado obtiver da exploração do petróleo no sudeste equatoriano beneficiarão as comunidades amazônicas da região.

 

Entretanto, para a Confederação de Nacionalidades Indígenas da Amazônia Equatoriana (Confeniae), os custos sociais e ambientais da nova extração petrolífera em grande escala no leste do Equador serão superiores aos benefícios econômicos que se possam obter.

 

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