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Conselho de Ética arquiva dois processos contra Derosso

Na época da licitação, Cláudia Queiroz ocupava cargo em comissão na Câmara, tendo se afastado somente depois que sua empresa venceu a concorrência.

 

 

Conselho de Ética da Câmara Municipal de Curitiba arquivou nesta terça-feira (22) dois processos contra o vereador e presidente licenciado da Casa, João Cláudio Derosso (PSDB), que apuravam denúncias de irregularidades em contratos de publicidade do Legislativo da Capital. A decisão foi tomada um dia depois de Derosso ter se afastado voluntariamente do comando da Casa por 90 dias por conta da ação judicial protocolada pelo Ministério Público na semana passada que pede a condenação do tucano por improbidade administrativa, pela contratação da agência Oficina da Notícia, de propriedade da jornalista Cláudia Queiroz, atual esposa do vereador.

Entre os processos arquivados estava justamente o que recomendava a suspensão do mandato de Derosso por 90 dias, por desrespeito ao código de ética parlamentar, pela contratação da Oficina da Notícia, em 2006. Na época da licitação, Cláudia Queiroz ocupava cargo em comissão na Câmara, tendo se afastado somente depois que sua empresa venceu a concorrência. Em 2008 e 2009, quando o contrato foi prorrogado, atingindo valor total de R$ 5,1 milhões, Derosso e a jornalista já mantinham relacionamento. No julgamento inicial do caso, o relator, vereador Jorge Yamawaki (PSDB), concluiu que o tucano teria ferido o código de ética ao omitir esse relacionamento.

A suspensão do mandato de Derosso prevista no parecer do relator chegou a ser aprovada pelo mesmo conselho, em setembro último, mas desde então, aguardava a confirmação de uma comissão de inquérito, formada por três vereadores: Valdemir Soares (PRB), Zezinho do Sabará (PSB) e Noêmia Rocha (PMDB). Aliados do tucano, Valdemir e Zezinho vinham protelando a votação do parecer, na tentativa de abafar o caso. Ontem, os dois votaram pelo arquivamento do processo. Somente Noêmia Rocha, da oposição, votou pela punição do presidente licenciado da Casa. Outro processo, que avaliava suspeitas envolvendo os gastos com o jornal Câmara em ação, também foi arquivado.

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