Relatório preliminar da fiscalização, concluído no fim do ano passado, constatou superfaturamento de até 200% em produtos empregados na obra.
Relatório preliminar da fiscalização, concluído no fim do ano passado, constatou superfaturamento de até 200% em produtos empregados na obra. O armazém, para 100 mil toneladas de grãos, começou a ser construído em 1998, mas os serviços foram paralisados dois anos depois. Os contratos com irregularidades foram firmados em 2008 e executados nas gestões dos ex-presidentes da Conab Wagner Rossi (que também foi ex-ministro da Agricultura) e Alexandre Magno Aguiar.
Além dos dois funcionários, a auditoria responsabiliza pelas falhas o ex-diretor de Operações e Abastecimento, Rogério Colombini, que deixou o cargo no ano passado. Conforme a CGU, houve superfaturamento em materiais empregados na obra, além de serviços para pavimentação e irrigação de gramado. Neste último caso, o preço pago foi cinco vezes o praticado no mercado, gerando um prejuízo de R$ 483 mil. Só com materiais e equipamentos, foram gastos R$ 3,7 milhões indevidamente, valor que terá de ser restituído.
A CGU apontou também deficiências no controle interno. Os mesmos funcionários, incluindo Libardoni e Barbosa, se revezavam nas tarefas de preparar o edital de licitação para as obras, julgar as propostas dos concorrentes, acompanhar o contratos e autorizar pagamentos à empreiteira responsável.
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