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ANP publica prévia de edital para exploração de área do pré-sal

Nesta terça-feira (9), a Agência Nacional de Petróleo publicou a prévia do edital da primeira licitação do pré-sal. 

Petrobras será a operadora da área, com participação mínima de 30%. Poderão concorrer consórcios formados por até cinco empresas.

 

Nesta terça-feira (9), a Agência Nacional de Petróleo publicou a prévia do edital da primeira licitação do pré-sal. Para os especialistas, o governo esperou muito tempo para fazer o leilão previsto para outubro.

 

A Petrobras será a operadora da área, com participação mínima de 30%. Poderão concorrer consórcios formados por até cinco empresas. A área oferecida fica na Bacia de Santos e é conhecida como Libra.

 

São 1.547,76 km². “O campo de Libra é um campo gigante. A ANP diz que existem lá de 8 a 12 bilhões de barris de petróleo recuperável, então é o maior leilão de campo de petróleo que já foi feito no mundo”, diz Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

 

O valor a ser pago pela exploração do bloco, conhecido como bônus de assinatura, foi fixado em R$ 15 bilhões. A União deverá receber, no mínimo, 41,65% do petróleo produzido, com o valor do barril estabelecido entre US$ 100 e US$ 120. Vence a licitação o concorrente que oferecer o maior percentual de óleo para a União, que poderá explorar a área por 35 anos.

 

O leilão está previsto para outubro. As regras definitivas só serão conhecidas em agosto, mas, desde já, há especialistas que fazem críticas a vários aspectos. “Quanto maior o bônus de assinatura que é arbitrado pelo governo, menor a quantidade de empresas disponíveis, ou dispostas, ou que têm capacidade de participar. Um menor número de empresas significa um menor grau de concorrência no leilão, e, portanto, um menor percentual em óleo para o Estado”, diz Edmar de Almeida, professor de economia da UFRJ.

 

A descoberta da área foi há seis anos. Tempo demais até o futuro início da exploração, acredita o especialista. “Isso fez com que os investimentos fossem para outros países. O Brasil ficou fora da rota dos grandes investimentos das petrolíferas. Grande parte desse dinheiro, se o governo não tivesse deixado o mercado, teria vindo para o Brasil, e a gente poderia estar produzindo mais barris de pré-sal e ter gerado uma quantidade de empregos enorme”, afirma Pires.

 

(Fonte: Jornal O Globo)

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