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Venezuela acusa Guiana de licitar blocos petrolíferos em áreas marítimas

A Venezuela acusou hoje a Guiana de violar o Direito Internacional por licitar sem prévio acordo com Caracas 14 blocos petrolíferos em áreas marítimas que ainda carecem de delimitação entre os ambos os países.

“A Venezuela condena energicamente a licitação ilegal de blocos petrolíferos que está a ser realizada pelo Governo da República Cooperativa da Guiana (Blocos a concurso desde 2022 – Guiana Licensing Round), uma vez que pretende dispor de áreas marítimas pendentes de delimitação entre os dois países”, lê-se num comunicado do Governo venezuelano.

No documento, divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores da Venezuela, afirma-se que “o Governo da Guiana não tem direitos soberanos sobre estas zonas marítimas e, por conseguinte, qualquer ação nas suas fronteiras constitui uma violação do Direito Internacional, desde que não seja levada a cabo através de um acordo com a Venezuela”.

“A República Bolivariana da Venezuela reitera que é inaceitável e violadora dos seus direitos soberanos qualquer concessão ilícita e arbitrária que a Guiana outorgue, tenha outorgado ou pretenda outorgar nas áreas em questão”, sublinha-se no comunicado.

Segundo a imprensa venezuelana, o Governo da Guiana recebeu recentemente ofertas por 8 de 14 blocos petrolíferos em licitação, entre elas da norte-americana ExxonMobil.

Mostraram ainda interesse nas licitações as companhias SISPRO INC, Total Energies EP Guyana BV, Qatar Energy Internacional E&P LLC e Petronas E&P Overseas Ventures SDN BHD (Malasia).

Também a Delcorp Inc Guyana, as sauditas Watad Energy e Arabian Drillers, a Liberty Petroleum Corporation dos EUA, a Cybele Energy Limited, de Ghana, e a International Group Investment Inc y Montego Energy SA.

As licitações começaram em dezembro de 2022 com data limite abril de 2023, prazo que foi depois expandido até 12 de setembro último.

(Fonte: Mundo ao Minuto)

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