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Vallis: “Não temos nada a apontar ao processo de licitação adoptado” na venda da Opway

Não temos nada a referir ao procedimento de licitação adoptado pela ESI, que está no seu legítimo direito de escolher o modelo de venda que julgue mais apropriado

 

A Vallis, o fundo constituído pela CGD, BES, BCP e Banif para a consolidação do sector da construção, garante nada ter a apontar ao leilão da Opway, promovido ontem pela Espírito Santo Industrial(ESI) e que levou à venda da construtora aos moçambicanos da Nadhari, por cinco milhões de euros. “Não temos nada a referir ao procedimento de licitação adoptado pela ESI, que está no seu legítimo direito de escolher o modelo de venda que julgue mais apropriado”, sublinha o responsável do fundo. Pedro Gonçalves explica que o Vallis não se apresentou ao leilão apenas por “não dispor de tempo para apresentar uma proposta séria”.

 

Apesar de lançado formalmente em outubro, com o convite dirigido por Caetano Beirão da Veiga, o responsável pelo que resta do Grupo Espírito Santo (GES), aos principais grupos a operar em Portugal para que avançassem com propostas para a Opway, o processo de venda da construtora só nos últimos dias conheceu novos desenvolvimentos.

 

Na altura, foram quatro as propostas entregues – um management buy out liderado por Almerindo Marques e a sua equipa de gestão na empresa, Prébuild, Vallis e a construtora moçambicana Nadhari -, mas os concorrentes nada mais souberam até a passada semana, altura em que foram chamados e informados de alterações de circunstância – as ações da Opway estão dadas como garantia a uma empresa do GES, a ESFIL – que obrigavam à alteração das propostas – alegadamente a legislação do Luxemburgo, onde decorre o processo de insolvência do GES não permite a compensação de créditos e todos os interessados o previam.

 

Mas era, sobretudo, a corrida contra o tempo – a Opway está, formalmente, desde segunda-feira sem administração, já que Almerindo Marques e a sua equipa resignaram aos cargos e sem dinheiro, nem para pagar salários, nem para revalidar o alvará, nem para prestar caução em obras adjudicadas – que obrigava a uma venda “com urgência”, tendo o acionista optado por fazer um leilão. Os interessados foram informados na sexta-feira que as licitações decorriam segunda-feira às 10 horas.

 

(Fonte: RSNoticias)

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