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Terceiro aeroporto em SP é dúvida para privatização

“Essas questões são essenciais para elaborar o cálculo financeiro”, afirmou à Agência Estado Marcelino Rafart de Seras, presidente da empresa.

SÃO PAULO – A definição do valor da taxa que será cobrada sobre a receita bruta do consórcio vencedor e se será ou não concedida autorização para a construção de um terceiro aeroporto em São Paulo estão entre as principais dúvidas da EcoRodovias com relação ao processo de privatização dos aeroportos. “Essas questões são essenciais para elaborar o cálculo financeiro”, afirmou à Agência Estado Marcelino Rafart de Seras, presidente da empresa.

A EcoRodovias anunciou na semana passada que firmou um memorando de entendimentos com a alemã Fraport para participarem juntas do programa de licitação dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília, marcado para 22 de dezembro.

O executivo disse que profissionais das duas empresas começaram a analisar no final de semana, junto com advogados e técnicos, a minuta do edital divulgada no final da tarde da sexta-feira (30). “Até o dia 20 pretendemos enviar ao governo as nossas considerações”, afirmou Seras, sem dar detalhes com relação a outros pontos do edital sobre os quais a empresa pedirá esclarecimentos.

Sobre o anúncio de que será criada uma taxa de conexão, a ser paga pelas empresas aéreas, Seras considera a medida “correta”. “Ela existe em todo lugar do mundo, menos nos aeroportos brasileiros”, afirmou. De modo geral, o executivo avalia que a minuta do edital veio em linha ao que era esperado. “Não houve nada surpreendente, há um embasamento atrativo.”

Sobre o fato de que um mesmo grupo só poderá operar um dos três aeroportos, o presidente da EcoRodovias disse compreender que a intenção do governo é estimular a concorrência, mas na sua opinião essa limitação poderia se restringir aos aeroportos localizados no mesmo Estado, como é o caso no de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, e de Campinas, a cerca de 100 quilômetros da capital. “Não entendi porque essa regra também tem que valer para Brasília”, afirmou.

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