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SP poderá ter ‘piscinão reversível’

Além dos oito prometidos pelo governo, outros sete piscinões novos deverão ser construídos por meio de uma parceria público-privada (PPP), cujo edital está prometido para sair ainda neste mês.

 

A empresa que ganhar também vai operar, além dos 15 novos, outros 30 reservatórios já existentes na Região Metropolitana e atualmente operados pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).

 

“Hoje temos um problema terrível. Cai uma chuva na sexta-feira à noite, os piscinões ficam lotados. E se chover de novo sábado e domingo? O impacto é pior, porque você não tem na estrutura pública capacidade de manter limpo os piscinões, gente que trabalhe no fim de semana, 24 horas”, afirmou Semeghini. “Então, na nossa PPP, quem ganhar será obrigado a fazer o monitoramento do fluxo de água, limpeza, esvaziar o piscinão o tempo todo.”

 

Pressa e atraso. O plano inicial, divulgado pelo governo, era ter os 15 novos piscinões prontos em 2018. Mas a ordem agora é entregá-los até o fim do mandato do governador Geraldo Alckmin (PSDB). “Vamos fazer até 2014. Queremos entregar todos, deixar só um ou outro para 2015. Alguns ainda estão com problema de terreno”, afirmou.

 

As obras dos piscinões que estão a cargo do governo estadual, no entanto, andam devagar. Dos oito prometidos para serem construídos, apenas dois foram começados. E só um tem previsão para ser inaugurado este ano: o Olaria, no córrego de mesmo nome, em Campo Limpo, na zona sul de São Paulo. A licitação foi lançada em 2009.

 

O outro que está em fase de obras é o Guamiranga, na bacia do Rio Tamanduateí, na zona leste, licitado em 2011. A entrega está prevista para outubro de 2014. Os demais piscinões estão “em processo para construção”.

 

Especialistas desconfiam se esse tipo de obra de fato combate enchentes. “Tem dezenas de piscinões na bacia do Tamanduateí e ali continua enchendo. É um problema urbanístico também”, diz Luis Fernando Orsini, coordenador do Centro Tecnológico de Hidráulica e Recursos Hídricos (CTH) da USP.

 

Por: NATALY COSTA
(Fonte: O Estado de S.Paulo)

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