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Sem licitação, GDF contrata empresa para planejar crescimento de Brasília

Na capital mineira, a empresa de Cingapura está coordenado a expansão do Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que prevê a construção de um novo polo administrativo entre o centro e o Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins).

 

A Lei das Licitações permite a dispensa do processo formal de seleção em caso “de notória especialização do profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.”

 

Mas, na avaliação do presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, Sérgio Magalhães, a norma não se aplica no caso do Brasília 2060.

 

“A essência da nossa discordância está no fato de que Brasília é única, significativa no contexto arquitetônico nacional e também mundial. E agora a cidade será objeto de uma reinvestigação urbanística pela mão de uma organização de Cingapura, que faz parte de um outro contexto, de uma outra cultura (…) Buscar o apoio de uma instituição estrangeira para realizar isso não faz o menor sentido”, opina Magalhães.

 

O porta-voz de Agnelo, Ugo Braga, reforça a hipótese de que a companhia é a mais habilitada para elaborar o planejamento estratégico e diz que empresas e instituições brasileiras vão participar do processo para fazer o plano sair do papel. “Está previsto no contrato que o planejamento é feito pela empresa com envolvimento de profissionais locais, que serão aqueles que vão executar esse planejamento.”

 

Segundo informações do GDF, o projeto prevê a construção de bairros-parque – que vão reunir espaços para habitação, trabalho e lazer – em cada um dos quatro polos do Brasília 2060.

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