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S&P rebaixa nota da Camargo Corrêa

Segundo denúncias da Lava Jato, a Camargo Corrêa fazia parte do “clube” de empreiteiras que sistematicamente, e em acordo prévio, frustravam licitações

 

Investigação da Lava Jato compromete geração de caixa da companhia.

Mais cedo, Fitch rebaixou rating da OAS, que pediu recuperação judicial.

 

A agência de classificação de risco Standad & Poor’s rebaixou nesta quarta-feira (1) a nota de crédito da construtora Camargo Corrêa, de “BB” para “BB-“, com perspectiva negativa. A empresa é uma das investigadas por irregularidades na operação Lava Jato.

 

Segundo a S&P, as denúncias de corrupção envolvendo o grupo, além do enfraquecimento da economia brasileira comprometem a geração de caixa da Camargo Corrêa, o que pode atrasar a diminuição de seu endividamento.

 

A perspectiva negativa do rating deve-se, de acordo com a agência, à maior restrição ao crédito e expectativa de menor liquidez da companhia.

 

Acusações

Segundo denúncias da Lava Jato, a Camargo Corrêa fazia parte do “clube” de empreiteiras que sistematicamente, e em acordo prévio, frustravam licitações de grande sobras da Petrobras. Segundo o Ministério Público Federal, as empresas ajustavam previamente qual delas iria sagrar-se vencedora das licitações, manipulando os preços apresentados no certame.

 

O cartel, segundo a denúncia, era viabilizado através da corrupção de diretores da estatal. Já a lavagem do dinheiro oriunda dos pagamentos irregulares ficava por conta do doleiro Alberto Youssef, dentre outros. A dissimulação e ocultação do dinheiro, conforme a denúncia, por vezes acontecia com subcontratações de outras empresas, como a Snko-Sider, no caso da Camargo Corrêa.

 

Dentre as operações investigadas – ocorridas entre 2006 e 2014, a Camargo Corrêa saiu vencedora das licitações para obras na Refinaria Getúlio Vargas (Repar) e à Refinaria Abreu e Lima.

 

Conforme a acusação, os dirigentes destinaram cerca de 1% sobre o valor de contratos para a Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Parte do dinheiro foi paga no período em que a diretoria era comandada por Paulo Roberto Costa, e outro montante após a saída dele, através de simulação de contrato de consultoria com a empresa Costa Global.

 

(Fonte: G1)

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