“No estudo nós vamos mostrar o que a gente acha que é certo e se a MRS tiver uma ideia diferente, a gente faz de outra forma”, diz Figueiredo, que participou ontem da cerimônia de posse da diretoria do Simefre, entidade que representa as fabricantes de equipamentos ferroviários e rodoviários, em São Paulo.
Segundo o diretor-geral da ANTT, entre os benefícios da MRS com a nova ferrovia estão o ganho de capacidade de transporte e de rapidez. “A MRS tem um trem que hoje passa pelo centro de São Paulo com velocidade reduzida e com limitações de horário. No Ferroanel não vai ter essa limitação, o que vai melhorar a produtividade com um custo operacional mais baixo.”
A partir do cálculo desses benefícios, a ANTT vai indicar qual deverá ser a participação da MRS no investimento para poder ser concessionária da ferrovia. O estudo está sendo feito em parceria da ANTT com as secretarias paulistas de Transporte e de Transportes Metropolitanos.
Na semana passada, o secretário paulista de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, disse que a prioridade para a construção do Ferroanel seria o tramo Norte, diferentemente do que o governo paulista defendia no fim de 2010. O trecho norte do Ferroanel tende a melhorar a ligação do interior de São Paulo com o Rio, enquanto o trecho Sul ajuda a conexão com o porto de Santos (SP). Por isso o trecho Sul é citado como obra prioritária no relatório da Comissão Especial de Petróleo e Gás (Cespeg), do governo paulista, para o desenvolvimento da Baixada Santista.
Por Samantha Maia
(Fonte: Valor)
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