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Prefeitura já gastou R$ 3,6 milhões com dispensa de licitação na pandemia

Maior parte do dinheiro foi destinada para pagar leitos de UTI para atender pacientes com covid-19 em hospitais particulares

Contratos com dispensa de licitação somando R$ 3,6 milhões já foram assinados pela prefeitura durante a pandemia do novo coronavírus em Dourados, a 23 km de Campo Grande. Compras de produtos e materiais, feitas pelo município sem seguir o procedimento licitatório, motivaram a Operação Contágio, desencadeada na cidade nesta quarta-feira (15) pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul.

O portal da transparência da prefeitura informa que R$ 2,2 milhões foram destinados para contratação de dez leitos de UTI e dez leitos clínicos de retaguarda do Hospital Evangélico. O contrato vigora até o dia 4 de novembro deste ano.

Também houve dispensa de licitação no valor de R$ 1,4 milhão para contratação de cinco leitos de UTI e cinco leitos clínicos de retaguarda do Hospital Santa Rita. O contrato vai até 22 de outubro de 2020.

A Prefeitura de Dourados também destinou R$ 230 mil com dispensa de licitação para compra de ambulância tipo UTI para atender a Secretaria Municipal de Saúde no enfrentamento à pandemia de covid-19.

O Ministério Público não deu detalhes se esses contratos são alvos das investigações. Em abril, a Promotoria de Justiça instaurou inquérito civil para apurar dispensas de licitação feitas pela prefeitura para comprar álcool em gel, equipamentos de proteção individual e testes rápidos de covid-19.

No final de junho, servidores comissionados e ocupantes do primeiro escalão da prefeitura e alvos da operação de hoje foram ouvidos pelo promotor Ricardo Rotunno.

Entre eles estavam a então secretária municipal de Saúde Berenice Machado Souza e o atual secretário de Fazenda Carlos Dobes. Os dos são alvos dos mandados cumpridos hoje.

(Fonte: Campo Grande News)

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