A presidente do Banese participou do encontro acompanhada da diretoria do banco e estava disposta a convencer o prefeito a desistir da licitação
Contas para arrecadação de ICMS e IPVA vão permanecer no banco. ‘Somente contas do pagamento dos servidores serão retiradas’, diz João
Não houve acordo para que a conta de pagamento dos funcionários da Prefeitura de Aracaju permaneça no Banco do Estado de Sergipe (Banese). A presidente do banco, Vera Lúcia de Oliveira, tentou convencer o prefeito de Aracaju, João Alves Filho, mas para ele, seria abrir mão de no mínimo R$ 40 milhões a mais nos cofres da prefeitura. O encontro entre o prefeito e a presidente do banco ocorreu na sede da prefeitura na tarde desta terça-feira (17).
A presidente do Banese participou do encontro acompanhada da diretoria do banco e estava disposta a convencer o prefeito a desistir da licitação anunciada para que outros bancos possam concorrer as 12 mil contas de servidores da prefeitura, que totaliza um volume de R$ 52 milhões.
Durante a reunião, João Alves reafirmou a necessidade de mais uma receita para prefeitura que viria do banco que vai passar a administrar a folha de pagamento.
João Alves disse que está aberto a negociações para que não haja a necessidade de fazer licitação. “Não estou fazendo a licitação simplesmente porque quero. Existe a real necessidade financeira disso. Muitas outras cidades do Nordeste também estão fazendo isso por conta da crise vivida atualmente nos municípios. Aqui em Sergipe, por exemplo, as prefeituras de Lagarto, Nossa Senhora do Socorro e Estância também não fazem o pagamento de seus funcionários através do Banese”, explica.
O prefeito destacou as dificuldades financeiras do município com a queda de 40% na arrecadação de royalties e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e o Banese não trouxe uma contra proposta, pois deixou claro a intenção de não participar da concorrência.
João Alves deixou claro que somente as contas do servidores serão retiradas. As arrecadações de tributos com o IPVA, ICMS e outros serão mantidas no Banese.
A presidente do Banese disse que não existe possibilidade de acordo com a Prefeitura e não propôs nenhum acordo. “Vamos replanejar a vida no banco a partir do dia 7, após o leilão”.
(Fonte: G1)