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Planejamento urbano, um jogo de ambições

Veículo Leve sobre Trilhos, que será construído parcialmente com recursos federais do PAC da Mobilidade e complementado por PPP, atualmente em fase de licitação.

 

Projetos que englobam obras em quatro áreas da cidade são alvo de críticas – maior desafio é garantir a mobilidade

A impressão é de um grande canteiro de obras. O Rio passa por transformações urbanísticas para receber os Jogos Olímpicos de 2016. Ao contrário de Londres, que concentrou as revitalizações em uma região específica da cidade, no Rio as mudanças são pulverizadas e englobam quatro grandes áreas – Barra da Tijuca, na zona oeste, Maracanã e Deodoro, na zona norte, e região portuária, no centro. São transformações que interferem diretamente na vida de 2 milhões de habitantes (ou um terço da população carioca).

“Nossa visão estratégica é que em 2020 o Rio seja a melhor cidade no hemisfério sul para se viver, trabalhar e visitar”, diz Maria Silvia Bastos Marques, presidente da Empresa Olímpica Municipal (EOM), criada pela Prefeitura para coordenar a execução dos projetos relacionados à preparação para os Jogos de 2016.

A ambição é grande. As transformações mais nítidas ocorrem atualmente na região portuária do Rio. Ali, um projeto de R$ 8 bilhões, batizado de Porto Maravilha, está sendo implantado para recuperar uma área degradada. A expectativa da Prefeitura é mais que triplicar o número de habitantes na região – de 28 mil para 100 mil pessoas em dez anos – e aumentar em 700 mil a população flutuante diária.

Dúvidas. O projeto mais controverso no momento é o que prevê a demolição do Elevado da Perimetral, uma espécie de Minhocão carioca. Críticos afirmam que as projeções consideradas no dimensionamento do fluxo do trânsito estão equivocadas. Há também os que acham que a obra é desnecessária, com exceção do trecho que passa sobre o centro histórico, próximo à Praça XV, para valorizar a paisagem da área.

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