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Petrobrás pressiona fornecedor de sondas

Estatal vai capitanear processo que faz parte da estratégia para ampliar o ‘conteúdo local’

Depois de atrasos nas encomendas bilionárias de sondas de perfuração para o pré-sal, a Petrobrás corre contra o tempo e prepara terreno para iniciar nos próximos meses a contratação da cadeia de fornecedores desses equipamentos, segundo fontes do setor. O processo incluirá de bombas a barcos de apoio, que serão contratados pela Petrobrás ou diretamente pelos estaleiros que construirão as sondas. Empresas como Rolls-Royce, GE, Caterpillar e Wartsila já se preparam.

“Alguns já tomaram a decisão de fazer seus investimentos antes mesmo do contrato assinado. Outros estão mais cautelosos”, confirma João Carlos Ferraz, presidente da Sete Brasil, que gerenciará 28 sondas da Petrobrás.

A iniciativa da estatal de capitanear o processo faz parte da estratégia de conteúdo local. Atuando alinhada com o governo, a Petrobrás quer usar as encomendas para o pré-sal como indutoras da indústria, criando uma rede nacional de fornecedores. “É muito favorável a uma empresa do porte da Petrobrás ter uma indústria de bombas, de drill pipe, ter uma série de bens e serviços aqui. A eficácia é maior. Não é uma leitura nacionalista”, disse a presidente da estatal, Graça Foster, ao Estado após assumir o cargo, em fevereiro.

A licitação para as sondas levou três anos para sair. Graça não quer repetir a demora agora com fornecedores e monta estratégias para vencer os gargalos da indústria nacional – de forma a não atrasar a exploração do pré-sal – ou contratar no exterior. O objetivo é tanto desenvolver empresas locais quanto atrair estrangeiras ao País. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) participa ativamente do processo e estuda formas para aumentar a participação do banco no setor.

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