Reformular três avenidas e construir quatro terminais foi a proposta para uma grande mudança no transporte coletivo da cidade. No caótico primeiro dia útil após as mudanças, a CGN voltou às publicações de cada licitação feita e chegou à conclusão que o conjunto de obras que inclui as alterações necessárias para o transporte coletivo custaram cerca de R$ 112 milhões.
O levantamento considerou o valor licitado das obras e, em alguns casos aditivos autorizados (veja detalhamento abaixo).
Há que se considerar que há, dentro das obras, elementos não diretamente ligados ao transporte coletivo, como a revisão do calçadão e a construção de ciclovias, mesmo assim se trata de mobilidade urbana e o valor é muito significativo.
Juntos os novos terminais Leste, Nordeste, Sudoeste e Oeste custaram R$ 18,5 milhões.
Já a reformulação das três avenidas – Brasil, Tancredo Neves e Barão do Rio Branco – somaram R$ 77,7 milhões em custos apenas nas obras principais.
Para chegar ao montante estimado de R$ 112 milhões a CGN considerou também os gastos da a licitação para compra de semáforos, os tachões para divisão das pistas e a conclusão da Avenida Brasil no trecho do antigo Terminal Leste, que está em andamento.
Para se ter uma ideia de quanto o montante representa, o custo estimado no final de 2016 para construir e equipar do zero o hospital municipal era de R$ 41 milhões.
Com o dinheiro também seria possível construir 14 escolas ao custo de R$ 8 milhões cada (escolas de completamente novas, com alto padrão e custo atualizado) ou 50 Cmeis tendo como referência o custo de uma licitação feita no ano passado.
Outro comparativo interessante é com o prêmio da Mega Sena que acumulou no último sábado. A previsão é que o próximo sorteio pague ao acertador R$ 32 milhões, ou seja, seria preciso ganhar quatro vezes o prêmio para bancar o custo desta obra.
As obras foram planejadas durante a gestão do ex-prefeito Edgar Bueno e deveriam ter ficado prontas no final do ano passado.
Elas foram possíveis devido a um empréstimo de 28 milhões de dólares feito junto ao BID (Banco Interamericano do Desenvolvimento). Pelas normas do empréstimo o município precisaria dar igual valor em contrapartida.
Além das obras citadas neste levantamento, o PDI (Plano de Desenvolvimento Integrado) inclui a construção de parques ambientais, um viaduto e diversos pontos de interligação de vias que estão em andamento.
Obras ligadas ao transporte coletivo:
Terminal Oeste: R$ 5.289.064,31 (valor licitado)
Empresa responsável: Costa Oeste
Terminal Leste: R$ 3.792.858,85 (valor licitado)
Empresa responsável: Costa Oeste
Terminal Nordeste: R$ 5.241.381,51 (valor licitado)
Empresa responsável: Costa Oeste
Terminal Sudoeste: R$ R$ 4.184.002,68 (valor licitado)
Empresa responsável: N Dalmina
Avenida Brasil: R$ 58.261.506,32 (Obra já com aditivos e supressão de valor final, foi licitada inicialmente por R$ 41 milhões)
Empresa responsável: Consórcio Paulitec
Avenida Tancredo Neves: R$ 13,481 milhões (valor já com aditivo de R$ 609 mil)
Empresa Responsável: Consórcio Ecec-Diarc
Avenida Barão do Rio Branco: R$ 5,981 milhões (valor licitado)
Empresa Responsável: Dalba Engenharia
Obras complementares
Semáforos: R$ 14.249.990,00 (valor licitado)
Empresa responsável: Dataprom
Tachões de divisão das pistas: R$ 618 mil (valor licitado)
Sinales Sinalização Espírito Santo Ltda
Conclusão da Avenida Brasil no trecho do terminal leste: R$ 1.666.360,40 (Valor licitado, em andamento)
Empresa responsável: Costa Oeste.
(Fonte: CGN)