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Obras da nova ponte do Guaíba devem começar em maio

Conforme o Dnit, o sigilo faz parte do modelo de Regime Diferenciado de Contratação (RDC) escolhido para a licitação que será lançada em novembro.

Previsão é que serão necessários seis meses para fazer o projeto e 36 para executar a obra

 

A nova ponte do Guaíba, que será construída a cerca de um quilômetro da atual, deve ficar pronta no segundo semestre de 2017. Em apresentação do anteprojeto na tarde desta quarta-feira, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) detalhou o empreendimento tão esperado pelos gaúchos e, de acordo com o cronograma, as obras devem começar em maio do ano que vem.

 

Com a previsão de que serão necessários seis meses para fazer o projeto e 36 meses para executar a obra, a nova estrutura, de 7,3 quilômetros, levará três anos e meio para virar realidade.

 

O investimento necessário para a realização do projeto e da execução não foi divulgado, mas a obra será incluída no PAC. Conforme o Dnit, o sigilo faz parte do modelo de Regime Diferenciado de Contratação (RDC) escolhido para a licitação que será lançada em novembro. A previsão inicial era de que o governo federal pagaria aproximadamente R$ 900 milhões. Técnica e preço serão os critérios para escolha que fará os dois serviços: projeto e obra.

 

Conforme o anteprojeto, moradores das vilas Areia e Tio Zeca e da Ilha dos Marinheiros precisarão ser reassentados. Segundo o superintendente substituto do Dnit do Rio Grande do Sul, Delmar Pellegrini, uma parceria entre a prefeitura e o órgão deverá promover um programa que auxilie as famílias que serão atingidas. Em entrevista à ZH, Pellegrini também garantiu que a obra será concluída no prazo estimado.

 

Confira a entrevista:

 

ZH – Qual a sua avaliação sobre a audiência de hoje? Quais foram as contribuições que ela proporcionou?

 

Delmar Pellegrini – A audiência foi bem positiva. Muitas pessoas foram ao local e o auditório lotou. Além disso, tiveram questionamentos válidos. O público questionou sobre informações técnicas da obra e moradores das comunidades que serão atingidas também se interessaram em saber o que acontecerá com eles. Pelo empreendimento fazer parte do modelo de Regime Diferenciado de Contratação (RDC), a audiência não seria obrigatória, mas o Dnit entendeu que, pela importância da obra, seria necessário esclarecer as dúvidas da população.

 

ZH – Quais serão os desafios para a realização da obra?

 

Pellegrini – O maior desafio será a realocação das pessoas que serão atingidas pelo empreendimento, pois tratar com gente é sempre mais complicado. Teremos que fazer recastramento, reassentamento, um processo de médio a longo prazo, que necessita de empenho para liberar os moradores. Outro desafio são os fatores externos, que terão interferências no projeto, como rede elétrica e rede de esgoto. Há linhas de trasmissão subterrânea de alta voltagem da CEEE, além de fios aéreos que terão que ser redistribuídos. O Dnit irá tratar com órgãos responsáveis para se chegar a uma solução. São desafios, mas teremos condições de executar a obra.

 

ZH – Qual a garantia de que ela vai ficar pronta até 2017?

 

Pellegrini – O nosso cronograma é totalmente viável e a obra ficará pronta dentro do prazo previsto. Como há muitas influências, já planejamos a conclusão para 2017 para que os reassentamentos e os demais fatores externos sejam resolvidos em tempo. Se não fossem esses fatores, a obra poderia ser adiantada.

 

ZH – Como a obra será paga? O Dnit pretende fazer financeamento? Irá custar R$ 900 milhões, como previsto?

 

Pellegrini – Os recursos para a realização da ponte estão garantidos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e será realizado em Regime Diferenciado de Contratação (RDC). Só existe esse modelo para obras exclusivas do PAC, como a construção da ponte. O orçamento não podemos divulgar, pois o RDC não permite divulgação do planejamento da obra.

 

ZH – O que acontecerá com as famílias que moram nos bairros próximos, como Humaitá? Elas serão reassentadas?

 

Pellegrini – As famílias atingidas serão reassentadas. O Dnit e a prefeitura estão desenvolvendo um programa para a recolocação dos moradores em outras áreas, como fizemos em Canoas com a construção de novas casas às 600 famílias atingidas pelas obras da Rodovia do Parque, que viviam no eixo na rodovia. Não sei ainda que tipo de programa será feito aqui em Porto Alegre, mas estamos pensando em proporcionar às pessoas condições melhores em que elas estão. Nós garantimos os recursos para o programa de auxílio às famílias.

 

(Fonte: AGu)

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