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Obra de transporte para Copa das Confederações causa polêmica no CE

O JN no Ar foi a Fortaleza ver os preparativos para o evento. A construção do Veículo Leve sobre Trilhos preocupa moradores de comunidades.

A equipe do JN no Ar esteve em Fortaleza, cidade que sediará a Copa das Confederações em 2013 e receberá seis jogos da Copa do Mundo. Encontramos muita empolgação com o estádio, afinal, a Arena Castelão é a obra mais adiantada em relação a todas as sedes. Mas tem problemas com mobilidades. O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) será construído, e há comunidades no caminho. Existem polêmicas com a realocação dessas famílias.

O visual é inspirador. Dá vontade de se esticar na areia e simplesmente observar o tempo passar na Praia do Futuro.

A Europa não está tão longe assim. Entre as sedes da Copa das Confederações, Fortaleza é a mais próxima do velho continente. Em junho, o inverno brasileiro parece verão na cidade. Potencial turístico de sobra para aliar diversão e futebol.

Fortaleza recebe, em média, 220 mil turistas estrangeiros por ano. A maioria, europeus. Mas não é apenas a praia que deixa a cidade orgulhosa. Quase metade das obras do Estádio Castelão já está pronta.

Os responsáveis dizem que estão adiantados. Mas na edição desta segunda-feira (7) do JN, você ouviu o secretário da sede de Brasília prometer que a Arena da capital federal ficará pronta em dezembro de 2012, seis meses antes da Copa das Confederações. Em Fortaleza, os organizadores entraram em uma disputa saudável para ver quem termina primeiro.

“Nossa data era 31 de dezembro, mas, pelo ritmo, acredito que possamos terminar até antes”, observou Ferrúcio Feitosa, secretário da Copa do Ceará.

O trabalho é de reforma. Mas vai ficar bem diferente: só restou mesmo a estrutura da arquibancada superior. São 800 operários trabalhando sob o olhar de uma câmera da Fifa ligada 24 horas.

Além do Castelão, a outra grande obra de Fortaleza é o Veículo Leve sobre Trilhos. No projeto original, casas por onde ele passaria poderiam desaparecer. Moradores da comunidade Trilho do Senhor se recusam a sair.

“Se for como eles estão impondo, será apenas segregação e desigualdade”, criticou a moradora Cássia Sales.

“Estamos lutando pela nossa moradia e permanência”, disse, muito emocionada, outra moradora.

O governo do estado diz que fez ajustes no projeto original e vai conseguir manter algumas casas. Outras comunidades também vão ser afetadas com as obras. Das 2,7 mil famílias que teriam que se mudar, mais de 1,9 mil já se cadastraram para fechar o acordo de indenização.

“A maior valorização de imóveis está ocorrendo nessa área onde queremos trazê-los, com todo o conforto da infraestrutura social”, argumentou Ferrúcio Feitosa.

O trem já está pronto e foi construído no Ceará. A construção da linha ainda depende de licitação. Dez concorrentes entregaram nesta terça-feira (8) a documentação exigida.

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