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O Mutirama de que ninguém quis falar

Com três decadas de atuação no ramo de diversões, o homem responsável pelo novo parque temático da atração, dá explicações detalhadas sobre toda a obra

A imprensa voltou os olhos na semana pas­sada para a Ope­ração Monte Carlo, que apreendeu barões do crime organizado e gente do teto ao piso da hierarquia das polícias em Goiás. O foco nesse assunto permitiu tranquilidade em outros setores atingidos por polêmicas. Em um deles, a área de brinquedos e parque temático do Mutirama, as obras continuaram, embora a notícia fosse de que as obras seriam paralisadas após notificação da Justiça. O documento, porém, foi entregue à Procuradoria Geral do Município, em vez de ser endereçada ao prefeito e à empresa Astri Decorações Temáticas Ltda.

Enquanto aguarda a comunicação oficial para a suspensão dos trabalhos, Adilson Capel Rocha segue no comando das obras. Ele é o dono da Astri, a empresa vencedora da tão contestada licitação dos brinquedos do Mutirama, e garante: se não houver interrupção, entrega sua parte da obra no dia 24 de março, conforme o previsto no contrato com a Prefeitura. Faltam, no total, cerca de 10% para a conclusão das obras, iniciadas há seis meses.

Adilson entrou na licitação do parque goianiense à revelia da cunhada, sua sócia em outra empresa, a Temapark do Brasil Ltda., com sede em São Paulo. Ao ter conhecimento do edital, em 2010, ele se estusiasmou com a possibilidade de unir o que faz de melhor em dois setores de trabalho no entretenimento: instalação de equipamentos e decoração temática de áreas de lazer.

Sua cunhada tinha como princípio não participar de obras públicas. “Ela estava certa, eu deveria tê-la ouvido”, brinca Adilson. “Isso aqui virou uma guerra”, completa, sério. A Temapark, portanto, ficou fora da licitação. Mas Adilson, sem saber ainda o que viria, queria porque queria. E como, ao mesmo tempo, saiu também outro edital para obras do ramo, de uma prefeitura de uma cidade uruguaia, ele decidiu fazer nascer a Astri. Assim ele explica o fato — explorado pela oposição ao Paço e motivo de desconfiança de órgãos públicos — de uma empresa tão nova ter ganhado uma licitação.

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