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O MP do Tocantins abriu investigação criminal contra o prefeito de Palmas, Raul Filho, do PT, depois das denúncias mostradas no Fantástico.

O Ministério Público do Tocantins abriu investigação criminal contra o prefeito de Palmas, Raul Filho, do PT, depois das denúncias mostradas no Fantástico. Os promotores encontraram o que consideram ser indícios de pagamento de propina pela construtora Delta.

A suspeita surgiu por causa de uma conversa gravada pela Polícia Federal em agosto do ano passado. Nela, o então tesoureiro da Delta, Rodrigo Dall Agnol, combina com o contador de Cachoeira, Geovani da Silva, um depósito de R$ 120 mil na conta de uma assessora da deputada estadual Solange Duailibe, mulher do prefeito de Palmas, Raul Filho, os dois do PT.

Geovani: Perguntou o homem se pode mandar mesmo? Porque depois de mandar não tem jeito não.
Rodrigo: (risos) Não.
Geovani: Pode falar o outro.
Rodrigo: Bom, Banco do Brasil, Ozilda Rodrigues dos Santos. Um, dois, zero. Cento e vinte.

Rosilda dos Santos foi exonerada depois da operação Monte Carlo. Em depoimento ao Ministério Público, ela disse que a conta era operada pelo irmão de Solange, Pedro Duailibe, que era secretário de governo de Raul Filho. Ele nega ter recebido dinheiro do esquema e pediu demissão depois da denúncia.

Para o Ministério Público, essa pode ser a prova de que havia um esquema de pagamento de propina entre a Delta e a prefeitura de Palmas. Os promotores investigam a possibilidade de o esquema ter sido acertado ainda durante a campanha de Raul Filho na reunião gravada por Cachoeira e mostrada pelo Fantástico.