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LICITAÇÃO PARA EQUOTERAPIA DA PREFEITURA ESTÁ EM FASE RECURSAL

A Prefeitura de Piracicaba abriu, no dia 22 de janeiro, licitação para escolha da empresa para a prestação do serviço de sessões de equoterapia. O serviço é destinado a usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), pessoas com deficiência física ou transtornos psiquiátricos, com indicação médica e terapêutica. Duas empresas participaram, a vencedora que ofereceu o serviço pelo custo mensal de R$ 13.000 e a que ficou em segundo lugar, com o custo de R$ 15.792.

O processo ainda está em período recursal, no qual a segunda classificada na licitação pode contestar o resultado. Conforme o edital da prefeitura, o valor estimado da contratação para o serviço prestado a 36 pacientes é de R$ 189.504,00, para o prazo de vigência de 12 meses.

Antes da legislação determinar a necessidade de licitação para a contratação do serviço de equoterapia, a prefeitura mantinha parceria com o projeto instalado na Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/Universidade de São Paulo). Com o encerramento em junho de 2018, segundo a prefeitura, das 36 pessoas com necessidades especiais, a maioria, está sendo atendida pela rede municipal de saúde em outros programas. Após a licitação, a prefeitura destaca que será mantido o mesmo número de vagas, sendo 18 para pessoas com deficiência física e 18 para pessoas com transtornos psíquicos. As vagas são para nove adultos e nove crianças.

A aposentada Romilde dos Santos Sant’Ana, 76, levava a filha, Vanessa Cilene Sant’Ana, 47, que é tetraplégica, no projeto equoterapia realizado na Esalq. “Vanessa participou do programa por quase dois anos. Com a saída da prefeitura, Vanessa precisou ser dispensada”, relata a mãe.

Sem a parceria pública, Romilde buscou outro atendimento para a filha. “No segundo semestre do ano passado, Vanessa retomou as atividades. É um trabalho particular com visão e postura social. A Vanessa precisa do relacionamento com cavalos, apesar de não montar. No rancho, ela tem contato com outros animais, ajudando a alimentá-los. Para ela, esse contato com os animais, é vida”, detalha sobre a importância da equoterapia para a filha, que não anda, não fala, mas fica sentada com apoio.

EQUOTERAPIA NA ESALQ

O projeto Equoteria, realizado no campus da Esalq, foi criado em 2001. Segundo o coordenador do projeto, professor Claudio Haddad, com fim da parceria com a prefeitura, houve uma redução de 90 para 22 atendimentos. “O projeto é gerenciado pela Fealq (Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz) e pela Lei Orgânica isso não possibilita participar de licitação”, explica Haddad.

Após reestruturação, o projeto acontece somente um dia na semana. “A Fealq assumiu o pagamento dos parceiros e temos também apoio da empresa Vicunha, das Fazendas Interagro e ajuda voluntária”, enfatiza o coordenador.

Cada participante do projeto custa entre R$ 400 a R$ 500. O atendimento é gratuito e destinado à população carente, que é selecionada pelo serviço social da Esalq. “Temos uma lista de espera com cerca de 40 pessoas, com síndrome de Down, paralisia cerebral, autismo, ou qualquer distúrbio neuromotor”, detalha Haddad.

Para Elisângela Aparecida Julião Spadão, 42, mãe de Beatriz Spadão, 10, as sessões de equoterapia garantem a interação e o desenvolvimento da menina, que tem paralisia cerebral. “Ela está no projeto desde os 4 anos e hoje, senta, come sozinha, tem mais estabilidade do tronco”, enumera.

Os benefícios são confirmados pela fisioterapeuta Luciana Perin e pela psicóloga Sarah Gobbo, ambas do projeto. “Algumas crianças também alimentam os cavalos. O mais importante é a interação com o animal, que estimula física e psiquicamente, através do desafio, da coragem”, afirmam.

Interessados em apadrinhar praticipantes da equoterapia, podem entrar em contato com a secretária Sonia Delfini, pelo telefone: (19) 3429-4102.

(Fonte: Jornal de Piracicaba)

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