Formada em Direito, com pós-graduação em Gestão e Tecnologias Ambientais, Ketlin Feitosa Scartezini, ocupa desde 2008 o cargo de assessora-chefe de Gestão Socioambiental do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e é hoje, uma das referências na discussão das políticas públicas de gestão sustentável e da responsabilidade socioambiental nos órgãos públicos.
“A licitação sustentável é um processo que envolve vários passos. Eles vão desde o planejamento à especificação do objeto da contratação, até o seu uso correto e o descarte final”, aponta Ketlin. Segundo ela, a compra é um processo que deve ser feita de “forma mais sistêmica e transversal, onde todos os passos são importantes”.
A licitação Sustentável, de uma maneira geral, trata-se da utilização do poder de compra do setor público para gerar benefícios econômicos e socioambientais. Nesse sentido, pode-se dizer que as compras públicas sustentáveis são o procedimento administrativo formal que contribui para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável, mediante a inserção de critérios sociais, ambientais e econômicos nas aquisições de bens, contratações de serviços e execução de obras.
Nesta entrevista concedida, Ketlin Feitosa afirma que é preciso refletir sobre o modal de contratação no governo. “A primeira reflexão que deve ser feita é porque comprar? Por que contratar? “. Em seguida, citou como exemplo de sucesso no Executivo Federal o modelo de contratação do TáxiGov. “Essa iniciativa é um modelo de contratação sustentável que eu daria como exemplo em primeiro lugar, por que está gerando uma economia de mais de 100 milhões de reais por ano”, disse.
(Fonte: ENAP)