Pelo edital, serviço, que atualmente é de responsabilidade das cooperativas, passaria a ser feito por uma empresa.
A decisão de suspender a licitação saiu na terça-feira, um dia antes do pregão eletrônico que definiria a empresa responsável pelo serviço na manhã desta quarta. O pedido de suspensão da licitação da coleta dos resíduos recicláveis de Londrina foi feito pelo Ministério Público. Na decisão, a juíza Camila Cardoso deu um prazo de 48 horas para a CMTU apresentar as informações levantadas pelo MP.
A magistrada destacou ainda na liminar o papel social do trabalho feito pelos coletores de baixa renda e sua importância para o meio ambiente, além da falta de informações sobre o processo. Atualmente, a coleta seletiva de Londrina é feita por sete cooperativas que recolhem os materiais de mais de 230 mil domicílios.
Com a contratação da empresa, as cooperativas passariam a somente receber os recicláveis, para em seguida fazer a separação e a venda. Pelo edital, a vencedora do certame terá R$ 6,5 milhões por ano para realizar o serviço, que deverá ser feito por sete caminhões e mais de 50 trabalhadores, entre motoristas e coletores.
Em nota, a CMTU informou que cumpriu a decisão apesar de entender que após os devidos esclarecimentos serão sanadas as dúvidas apontadas pelo Ministério Público.
A nota ressalta ainda que a licitação não quer substituir as cooperativas, mas tão somente no processo de coleta, ficando a cargo delas o recebimento, a separação e a posterior venda de todo material.
(Fonte: CBN)