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Justiça nega recurso e Campinas empossará 3º prefeito em 2 meses

As acusações contra a administração partiram do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público e davam conta de uma rede de corrupção e desvios de verbas. Ao todo, 21 pessoas foram indiciadas e 13 presas preventivamente, dentre elas secretários, ex-agentes, empresários e Vilagra, então vice-prefeito, que ficou preso por menos de 24 horas, sendo solto por habeas-corpus.

O pedido de impeachment do prefeito foi sustentado pela oposição pela impossibilidade de Dr. Hélio desconhecer os atos praticados por sua mulher dentro da prefeitura. Duas das principais declarações foram feitas pelo prefeito e pelo denunciante do escândalo da Sanasa, o ex-presidente da autarquia Luiz Augusto Castrillon de Aquino, beneficiado por uma delação premiada. Aquino confirmou em depoimentos à Justiça e à Câmara o pagamento irregular de 10% a 30% de cada contrato firmado com a prefeitura.

Vilagra assumiu a prefeitura, mas foi afastado pela Câmara. No dia 25 de agosto, a Justiça anulou a decisão. Apesar de reconhecer que seria cabível o afastamento provisório do prefeito, o juiz Mauro Fukomoyo acolheu argumento da defesa, segundo o qual a Comissão Processante só poderia ter sido instaurada para apurar infrações praticadas pelo prefeito durante o exercício do cargo, o que não é o caso de Vilagra. Com o afastamento de Vilagra, o presidente da Câmara, Pedro Serafim Júnior (PDT), tomaria posse como prefeito interino e poderia exercer o mandato “tampão” por 90 dias. Após os três meses, se Vilagra fosse cassado, a Justiça Eleitoral convocaria novas eleições.

Por: Rose Mary de Souza
(Fonte: Terra)

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