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Jobim é o terceiro ministro de Dilma a cair em menos de dois meses

Em junho, foi a vez de Palocci, e Alfredo Nascimento deixou o governo em julho

 

Nelson Jobim é o terceiro ministro do governo de Dilma Rousseff a deixar o cargo desde junho. Os dois primeiros a perderem seus cargos foram Antonio Palocci (PT), da Casa Civil, e Alfredo Nascimento (PR), dos Transportes. Dessa vez, a queda não foi motivada por denúncias de corrupção e sim por declarações desastradas de Jobim.

A relação entre Jobim e Dilma ficou estremecida após as críticas feitas por ele em entrevista à Revista Piauí. Jobim chamou o governo de “atrapalhado”, disse que a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, é “fraquinha”, e que Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da Casa Civil, “não conhece Brasília”.

A repercussão das críticas fez com que Dilma passasse a avaliar a sua demissão. Jobim negou ter feito as declarações, destacou que tem auxiliado Ideli nas articulações no Senado com o objetivo de aprovar o projeto de lei em tramitação que trata do acesso a informações públicas e ainda elogiou a ministra.

— Em momento algum, fiz referência à ela dessa natureza — disse o ministro, segundo nota divulgada por sua assessoria de imprensa.

Mas a manifestação de Jobim não surtiu efeito. Depois de ler a reportagem completa da revista, Dilma pediu para falar com o ministro por telefone. Depois de ouvir as explicações de Jobim, segundo fontes, Dilma foi dura e direta ao assunto:

— Ou você pede para sair ou saio com você.

Por conta de outras declarações, Jobim já estava na lista dos ministros de Dilma que poderão ser substituídos na primeira reforma ministerial, prevista para o final deste ano ou o início de 2012. Há uma semana, o ministro da Defesa revelou ter votado em José Serra (PSDB) na eleição presidencial do ano passado.

Confira abaixo os fatos que levaram às duas primeiras quedas no ministério de Dilma:

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