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Há dois anos, disputa de poder e acusações esquentam clima no CNJ

A recente briga sobre a extensão dos poderes da Corregedoria comandada pela ministra Eliana Calmon é só o vestígio que veio a público do clima instalado no CNJ

A recente briga sobre a extensão dos poderes da Corregedoria comandada pela ministra Eliana Calmon é só o vestígio que veio a público do clima instalado no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nos últimos dois anos. Nesse período, houve episódios de disputa de poder, acusações de dossiês internos contra conselheiros e até casos de gavetas arrombadas em busca de documentos. O GLOBO ouviu de conselheiros na última semana relatos de casos que ajudam a entender por que o ambiente anda tenso no colegiado criado para exercer o controle externo da magistratura.

Os primeiros embates remontam ao período anterior à posse do ministro Cezar Peluso na presidência do Supremo Tribunal Federal, em abril de 2010, e cumulativamente à do CNJ. Antes mesmo disso, Peluso causou confusão com seu antecessor, Gilmar Mendes.

Como sinal de cortesia com seu sucessor, Gilmar pedira para Peluso indicar um secretário-geral para ir tomando pé da situação no CNJ. O secretário-geral é quem toca o dia a dia do Conselho e é nomeado pelo presidente do STF. Peluso indicou o então juiz-auxiliar Rubens Rihl Pires Correa, que trabalhava na presidência do STF a convite de Gilmar, segundo o próprio Correa. A ideia era que ele começasse a acompanhar a rotina do Conselho ao lado de Rubens Curado, então secretário-geral do CNJ por nomeação de Gilmar.

Dedo em riste, Gilmar chamou Correa de moleque

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