Após nove anos paradas, as obras do rodoanel, que preveem a duplicação do contorno norte e sul entre Cuiabá e Várzea Grande, terão o processo de licitação retomado. Para isso, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) informou que o primeiro passo é a realização de audiência pública, o que irá possibilitar a discussão e manifestação dos interessados. A data está marcada para 12 de setembro próximo.
Os serviços devem ser retomados em 2019, após o período de chuvas. Para a obra, estão previstos investimentos iniciais de R$ 498 milhões, oriundos de convênio com o governo federal, a fundo perdido. Pelo projeto, o rodoanel terá 52 quilômetros de extensão em pista dupla e receberá todo o tráfego de veículos pesados da BR-163.
O rodoanel começou a ser construído em 2009, durante a gestão de Wilson Santos, à época prefeito de Cuiabá. A primeira etapa entre as Rodovias Helder Cândia (Estrada da Guia) e a Emanuel Pinheiro (MT-251), já foi entregue e é usada por diversos motoristas e caminhoneiros. Dos 52 quilômetros totais do contorno, apenas 9 km foram concluídos.
Em 2013, por ocasião dos jogos da Copa do Mundo de 2014, um novo projeto foi apresentado, estimando um custo de aproximadamente R$ 850 milhões e seria feito em convênio com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Mas, no mesmo ano, o Dnit bloqueou o convênio e cancelou a licitação.
Em 2014, após ajustes, o Dnit desbloqueou as contas do convênio e emitiu ordem de serviço para a construção de 11,43 quilômetros. No entanto, o TCU apontou indícios de ilegalidades processuais e sobrepreço no projeto, que foi bloqueado novamente.
Para retomar a obra, a atual gestão estadual elaborou um projeto, para a finalização dos 52 quilômetros do rodoanel, que devem custar R$ 498 milhões. Agora, a estimativa é de que obra custará R$ 359 milhões a menos do que o projeto inicial e as pistas terão durabilidade de 20 anos, 10 a mais que o anterior.
“O novo projeto foi elaborado porque o anterior estava defasado. Com isso apresentamos uma solução mais barata e eficiente. Essa obra vai revolucionar o trânsito na região metropolitana e proporcionar agilidade para veículos de carga que passam por Cuiabá e Várzea Grande”, acredita o secretário da Sinfra, Marcelo Duarte.
A previsão é que, depois de as obras serem iniciadas, o rodoanel fique pronto entre quatro e cinco anos. “Se os recursos todos estivessem em conta era uma obra para três anos. Mas, por conta desse estrangulamento financeiro que o Governo Federal passa, e todos os Estados estão passando, um momento difícil do país, a gente acredita que é uma obra que deve durar de quatro a cinco anos, por conta da questão financeira”, destacou.
(Fonte: Diario de Cuiabá)