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Governador diz que “já sabia” que o VLT não ficaria pronto

Licitado no Regime Diferenciado de Contratação (RDC) – uma vez que tinha conclusão esperada até a Copa do Mundo –, o VLT substituiu o Bus Rapid Transit 

 

Governador admitiu que obra só deve terminar em 2016


O governador Silval Barbosa (PMDB) admitiu, em entrevista nesta semana, que já sabia, desde o início, que as obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) não terminariam antes dos jogos da Copa do Mundo em Cuiabá.

 

“[Sabia que não ficaria pronto] quando nós começamos, porque uma obra desse tamanho, com a infraestrutura que tem e com a burocracia que tem, sabíamos que não era uma obra para dois ou três anos, mas para quatro anos”, afirmou a uma jornalista norte-americana, da Reuters.

 

De acordo com o governador, o VLT só terá condições de ficar pronto em 2016. As obras tiveram início em 2012.

 

“Uma obra dessas, em qualquer centro urbano, leva de seis a oito anos. Aqui, nós vamos levar quatro. Ela não está construída, finalizada, mas não está paralisada”, reafirmou.

 

Perguntado se ele acredita que as obras irão continuar, caso a oposição, liderada pelo senador Pedro Taques (PDT), assuma o comando do Palácio Paiaguás em 2015, Silval afirmou que “espera que sim”.

 

“Vou brigar muito e trabalhar muito para isso. Quem está torcendo contra vai quebrar a cara”, declarou.

 

Março

 

Até o primeiro semestre de 2013, Silval e o secretário extraordinário da Copa, Mauricio Guimarães, insistiam em afirmar que a obra seria entregue até março deste ano.

 

Em outubro do ano passado, ele admitiu que a obra não estaria totalmente pronta e que seria priorizado o eixo Aeroporto-CPA, com cerca de 15 quilômetros de trilhos, e que seria utilizado para desembarque de turistas e para facilitar o acesso à Arena Pantanal. A Linha 2 (Centro-Coxipó), com cerca de 7 quilômetros, seria concluída apenas depois do Mundial.

 

No entanto, neste ano, o peemedebista confirmou que a obra só seria entregue após os jogos da Copa.

 

O prazo dado ao Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande (responsável pela obra) para a finalização dos trabalhos é até o final deste ano.

 

“Só não atrasa obra quem não faz. Quem faz está sujeito a atrasar”, completou o governador na manhã de quarta.

 

A obra

 

Licitado no Regime Diferenciado de Contratação (RDC) – uma vez que tinha conclusão esperada até a Copa do Mundo –, o VLT substituiu o Bus Rapid Transit (BRT) na Matriz de Responsabilidade e deveria ser finalizado, inicialmente, até 13 de março deste ano.

 

Diante da impossibilidade de conclusão do projeto de R$ 1,477 bilhão – cujas obras sofreram paralisações por força de ações dos ministérios públicos Estadual e Federal – o Estado aditou o prazo de conclusão da obra para o final deste ano.

 

Responsáveis pela execução do projeto do VLT, as empresas integrantes do consórcio (Santa Bárbara, CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda) devem implantar o modal em 22,2 km de extensão na Grande Cuiabá.

 

A Linha 1, que é prioritária, ligará o aeroporto à região do CPA, e terá cerca de 15 km.

 

A Linha 2 ligará a região do Coxipó ao centro da Capital, com mais 7 km de trilhos.

 

A obra ainda resultou em aumento de custo no valor de R$ 100 milhões em função das desapropriações.

 

De acordo com o projeto, o VLT deverá passar pelas principais avenidas de Cuiabá e Várzea Grande: Fernando Corrêa da Costa, Coronel Escolástico, Historiador Rubens de Mendonça, Tenente-Coronel Duarte (Prainha), XV de Novembro, FEB e João Ponce de Arruda.

 

Além da via permanente e dos 40 carros (dos quais 13 já chegaram à Cuiabá), o consórcio ainda deverá construir o Centro de Manutenção e Operação do modal, em Várzea Grande, quatro terminais de integração (André Maggi, CPA, Coxipó e Porto) e 33 estações.

 

No trajeto também estão previstas obras de artes especiais (trincheiras, viadutos e pontes), além da reestruturação da cobertura do córrego da Prainha.

 

(Fonte: Midia News)

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