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Escutas da PF revelam que Cachoeira teria poder de influência no PT do B em Goiás

Edivaldo Cardoso de Paula, presidente do partido em Goiás, é aliado de Cachoeira desde 1996

Além do interesse de Carlinhos Cachoeira em comprar o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), as interceptações telefônicas da Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo revelaram que o contraventor já comandaria uma seção partidária em Goiás: o Partido Trabalhista do Brasil (PT do B). Segundo escutas da PF, o presidente do PT do B em Goiás, Edivaldo Cardoso de Paula, é aliado de Cachoeira desde 1996 e aparece tanto em citações, como em conversas diretas com o contraventor. Procurado, ele não quis se pronunciar.

O PT do B possui um total de 199.300 filiados no País, pouco mais de 7.400 em Goiás, de acordo com Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O diretório municipal do partido está sob o comando de Edivaldo desde 2005. Ex-presidente do Detran-GO, Edivaldo atuaria como mais um braço político do contraventor. Ele abandonou a chefia do órgão após ter sido mencionado nas escutas da PF. Para o deputado Mauro Rubem (PT-GO), Edivaldo compunha a cota de indicações de Cachoeira no governo de Marconi Perillo (PSDB). “Ele é testa de ferro de Cachoeira e, mais ainda, ele foi a pessoa que o Cachoeira exigiu, junto ao governador (Marconi Perillo), para estar no Detran. Ele é cota do Cachoeira”, afirmou.

Segundo o presidente do PSDB-GO, Paulinho de Jesus, a proximidade de Edivaldo com Cachoeira só se evidenciou depois que os grampos vieram à tona. De acordo com ele, o presidente do PT do B-GO foi genro do ex-prefeito de Goiânia, Boadyr Veloso, suposto comandante de jogos de azar em algumas cidades do Estado. Veloso foi misteriosamente assassinado em 2008.

Em uma das interceptações da PF, o contador de Cachoeira, Lenine Araújo de Souza, falava sobre um pagamento a Edivaldo no valor de R$ 10 mil referente a uma dívida que o contador tinha com seu sogro já falecido. Já as investigações da PF apontam que o dinheiro seria um salário adicional pago por Cachoeira aos colaboradores de Perillo.

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