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Empresa funerária tinha contrato de R$ 4 milhões com a prefeitura de Iranduba

Uma empresa funerária, que não teve o nome divulgado, mantinha um contrato fraudulento de serviços com a prefeitura de Iranduba, no valor de R$ 4 milhões. A informação foi divulgada pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) em balanço realizado nesta terça-feira (10) sobre a operação conjunta ´Cauxi´, que vem sendo realizada por vários órgãos de segurança e Justiça para coibir o desvio de verba pública no município durante os três anos da gestão do prefeito Xinaik Medeiros.

De acordo com o documento, o contrato previa que os serviços da funerária iriam atender pessoas carentes que não tinham condições de custear todos os procedimentos funerais a um parente. Porém, apesar do valor milionário, as investigações constataram que jamais nenhum serviço foi prestado pela empresa a algum cidadão do município.
Os valores desviados já ultrapassam R$ 56 milhões entre verbas públicas federais, estaduais e municipais, que seriam utilizadas em serviços de transporte, coleta de lixo, obras, serviços em geral, locação de carros, barcos e imóveis, além de alimentação. O balanço informa ainda que os investigadores da operação já analisaram 127 licitações, na qual 17 delas não foram encontradas.

A operação já resultou na prisão do prefeito Xinaik Medeiros, que se entregou a polícia ainda nesta manhã, além da irmã do prefeito, Nádia Medeiros, o secretário de economia e finanças, David Queiroz, e o chefe da comissão geral de licitação de Iranduba, Edu Correa Souza. Ainda está foragido o secretário de infraestrutura do município, André Maciel Lima.

As ações estão sendo realizadas em conjunto do Ministério Público do Estado do Amazonas, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas (SSP-AM) a Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (SEAI), a Corregedoria Geral da Unição, além de mais 178 pessoas, entre auditores, promotores, peritos, delegados e agentes de Polícia Civil.

Por Joandres Xavier
(Fonte: Em Tempo)

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