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Empreiteira admite conluio de 22 empresas para fraudar licitações

O cartel para fraudar licitações de obras do trecho sul do Rodoanel, em São Paulo, elevou o preço das obras em até 25%, de acordo com o relatado pela Odebrecht ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Nessa terça-feira (19), o órgão tornou público que firmou dois acordos de leniência com a Odebrecht, que delatou conluios nas obras do Rodoanel em concorrência realizada pela Desenvolvimento Rodoviário (Dersa) e para a implementação do Programa de Desenvolvimento do Sistema Viário Estratégico Metropolitano de São Paulo licitadas pela Dersa e pela Empresa Municipal de Urbanização (Emurb).

Segundo Odebrecht, pelo menos 22 empresas participaram de um esquema entre 2004 e 2007. No momento da definição do valor das propostas a serem apresentadas no certame, foram criadas duas tabelas.

A primeira, chamada de “Preços-Rodoanel-Amor” representava os valores a serem ofertados no caso de o cartel ir para frente. Na planilha “Preços-Rodoanel-Briga”, os valores que seriam utilizados num cenário de disputa efetiva na licitação, o que não ocorreu.

Em média, os preços competitivos eram 13,52% inferiores aos efetivamente apresentados. No caso do Lote 4, a proposta apresentada foi 25% superior ao do lance competitivo.

Os preços apresentados eram muito próximos aos máximos previstos no edital, com desconto médio de 2,5%. A diferença entre as propostas também eram muito pequenas, de cerca de 1%.

A Odebrecht denunciou ainda a atuação de um cartel para fraudar ao menos sete licitações relacionadas à implementação do Programa de Desenvolvimento do Sistema Viário Estratégico Metropolitano de São Paulo: Avenida Roberto Marinho, Nova Marginal Tietê, Complexo Jacu Pêssego, Chucri Zaidan, Avenida Cruzeiro do Sul, Avenida Sena Madureira e Córrego Ponte Baixa.

(Fonte: Folha de Londrina)

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