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Editorial Folha SP: Praga paulistana

Momentos de transição na administração pública são problemáticos. A realização de licitações ou a prorrogação de contratos são muitas vezes deixadas ao sucessor. Nada justifica, entretanto, que ações de profilaxia fiquem à mercê do calendário político, expondo a população a incômodos.

 

Verdade que o combate aos pernilongos nunca foi fácil. Em 1949, o diretor da seção de Epidemiologia da Secretaria da Saúde previa que a praga desapareceria com a retificação dos rios paulistanos.

 

Dez anos depois, o mesmo departamento passou a despejar 300 litros de petróleo por dia nos rios e lagoas para exterminar os criadouros. A pulverização de inseticidas ao longo dos cursos d’água da cidade é realizada pelo centro de zoonoses da prefeitura pelo menos desde 1976.

 

Em 2009, uma pesquisa do Instituto de Ciências Biomédicas da USP concluiu que os pernilongos do rio Pinheiros eram mais resistentes aos inseticidas e 20% maiores do que os de outras regiões.

 

O estudo recomendava a troca dos produtos utilizados e a adoção de medidas complementares, como o controle da poluição e da velocidade da água.

 

Justamente pela persistência do problema é que a prefeitura não pode deixar de lançar mão de todos os recursos disponíveis para combater essa praga urbana.

 

(Fonte: Folha SP)

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