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Câmara de São Carlos instaura CPI para apurar suposta interferência de primeira-dama em licitação


Enteado do prefeito e chefe de gabinete também são citados na investigação. Primeira reunião da comissão será realizada na segunda-feira (25).

A Câmara Municipal de São Carlos (SP) instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar uma suposta interferência política de pessoas ligadas ao prefeito Airton Garcia (PSL) em uma licitação para a contratação de empresa para recolhimento de entulhos de construção e restos de poda.

Os vereadores irão investigar possíveis atos de improbidade administrativa cometidos pela primeira-dama, Rosária Ebili Mazzini Cunha, pelo enteado do prefeito, Eric Mazzini Cunha, pelo chefe de gabinete José Espírito Santo Pires e demais membros do Poder Executivo Municipal por “interferência política com a finalidade de promover direcionamento ilícito da Concorrência Pública”.

A primeira-dama Rosaria Mazzini Cunha, afirmou, em nome dela e do filho, à CBN, empresa do grupo EPTV, afiliada da Rede Globo, que as alegações são infundadas e que confia no trabalho da Câmara. Disse ainda que aguarda pela convocação para se manifestar no processo investigatório e que considera a CPI um ataque político e pessoal para tentar coagir e constranger o prefeito, atingindo sua família.

José Espírito Santo Pires, conhecido como Carneiro, disse que não foi notificado, mas está à disposição da CPI e se for acionado irá atender todas as necessidades da investigação.

A Prefeitura de São Carlos também informou que irá colaborar com a CPI.

Investigação
Mesmo a Câmara estando em recesso, a CPI foi instaurada, na segunda-feira (18), por um ato da mesa da presidência da Câmara.

O pedido para a abertura da CPI recebeu a assinatura de 12 vereadores:

Paraná Filho (PSB), que propôs a investigação
Roselei Françoso (MDB)
Lucão Fernandes (MDB)
Marquinho Amaral (Podemos)
Rodson do Carmo (PSDB)
Bruno Zancheta (PL)
Professora Neuza (Cidadania)
Raquel Auxiliadora (PT)
Djalma Nery (PSOL)
Cidinha do Oncológico (PP)
André Rebello (União Brasil)
Gustavo Pozzi (PL)
A comissão de investigação é formada pelos vereadores Paraná Filho (presidente), Marquinho Amaral (relator), professora Neusa, Djalma Nery e Lucão Fernandes e deverá fazer a primeira reunião na manhã da próxima segunda-feira (25).

A CPI pode investigar fatos solicitando documentos, pedindo informações, ouvindo testemunhas e investigados, fazendo acareações, verificações e constatações in loco e solicitando perícias. Também pode solicitar, via judiciária, quebras de sigilos, conduções coercitivas, buscas e apreensões.

(Fonte: G1)

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