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Boeing teme dano após EUA cancelar compra da Embraer

Empresa americana procura FAB para evitar represálias após Obama cancelar aquisição do brasileiro SuperTucano

Preocupada com possíveis prejuízos na licitação para compra de caças da Força Aérea Brasileira (FAB), a norte-americana Boeing escalou três de seus executivos para transmitir ao comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, a ideia de que a suspensão da compra pela Força Aérea dos EUA de aviões Super Tucano não tem relação com a qualidade da proposta da Embraer.

Em uma “mesa-redonda” com a imprensa depois da reunião na FAB, o embaixador norte-americano no Brasil, Thomas Shannon, explicou que o governo americano “permanece interessado” nos Super Tucanos. Tanto o diplomata quanto os executivos norte-americanos elogiaram o processo brasileiro de licitação, com adjetivos como “soberbo” e “transparente”.

A visita ocorre quatro dias depois que o Ministério das Relações Exteriores divulgou nota afirmando que a decisão da Força Aérea dos Estados Unidos “não contribui para o aprofundamento das relações entre os dois países em matéria de defesa”.

Alegando problemas de documentação, os militares norte-americanos suspenderam a compra de 20 aeronaves, avaliadas em US$ 355 milhões, na terça-feira passada, em meio a protestos da concorrente Hawker Beechcraft, que previa perda de empregos para o Brasil caso o negócio fosse em frente.

Caças. Parceira da Embraer no projeto FX-2 (para a compra de novos caças), a Boeing informou ainda que conversou com a fabricante brasileira de aviões e ficou decidido que ela não fará lobby pela Embraer nos EUA.

Segundo Chris Chadwick, presidente da Boeing Military Aircraft, a empresa americana já cortou preços de seu avião e aceita construir parte dos caças no Brasil caso vença a licitação. “Os dias de exportação pura ficaram para trás, hoje a questão é relacionamento”, afirmou.

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