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Anatel cogita vender sobras da banda U e 3,5 GHz ainda este ano

O presidente da Anatel, declarou ontem, que acredita ser possível recolocar em licitação os 53 lotes que não foram vendidos da faixa U e também a faixa de 3,5 GHz.

O presidente da Anatel, João Rezende, declarou nesta quarta, 13, que acredita ser possível ainda neste segundo semestre recolocar em licitação os 53 lotes que não foram vendidos da faixa U e também a faixa de 3,5 GHz. Essas faixas, segundo Rezende, despertam interesse dos pequenos provedores de Internet e para atendê-los satisfatoriamente a Anatel poderá regionalizar ainda mais os lotes e reduzir a garantia exigida.

“Talvez possamos estudar melhor esse índice de garantia de propostas, mas para nós é fundamental que as empresas que participem do edital sejam sólidas e com condições”, disse ele. “Estamos trabalhando para encontrar o melhor caminho para o 3,5 GHz. Vamos fazer uma análise mais detalhada para estimular operações regionais. Temos discutido com a Abrint (representante dos provedores de Internet), que gostaria de entrar nesse mercado”, completou Rezende.

Além dos 53 lotes da banda U, sobraram também 34 lotes na banda P, que é FDD, mais apropriada, portanto, para a banda larga móvel. Pela estimativa de Rezende, os preços mínimos dessas sobras somariam algo em torno de R$ 520 milhões.

Arrecadação

O presidente da Anatel foi questionado sobre o fato de o leilão não ter arrecadado a previsão de R$ 3,85 bilhões feita quando da divulgação do edital. De acordo com o superintendente de serviços privados e presidente da Comissão de Licitação, Bruno Ramos, é preciso levar em conta que em torno de R$ 1 bilhão da previsão feita no passado eram faixas que necessitavam de renúnica para entrar no leilão. Por isso, a arrecadação de R$ 2,93 bilhões estaria em linha com o estimado pela Anatel. Ramos ainda lembrou que a arrecadação nunca foi o objetivo principal da agência com essa licitação, mas sim a cobertura rural e a garantia de 4G nas cidades-sede da Copa do Mundo e da Copa das Confederações. O presidente João Rezende acrescentou que o fato de não haver ágios muito elevados (a média foi de 31,27%) significa que a agência acertou a mão na definição dos preços mínimos.

Investimento

João Rezende estimou ainda que a licitação do 4G e da faixa de 450 MHz deverá estimular investimentos da ordem de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões por ano nos próximos anos. 

(Fonte: Teletime)

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