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ALRS – Assembleia debate nesta sexta-feira o futuro das ferrovias na Região Sul

 

Frentes Parlamentares

Com 190 deputados e 12 senadores, a Frente Parlamentar Mista das Ferrovias funciona no Congresso Nacional sob a presidência do deputado federal Pedro Uczai (PT-SC) para acompanhar o debate sobre o marco regulatório das ferrovias e implantação de uma matriz de transportes mais eficiente, mais segura e ambientalmente sustentável. E, além disso, apoiar as ações parlamentares relativas ao setor, junto ao Governo Federal e com a sociedade para construção, recuperação e ampliação das vias férreas em todo o país. A vice-presidência da frente é a senadora Lídice da Mata (PSB-BA).

Enquanto países de dimensões continentais utilizam largamente as suas ferrovias, a exemplo da China (37%), EUA (44%) e Rússia (60%), no Brasil, este modal de transporte nunca alcançou a representatividade obtida em relação a outras nações de grande extensão territorial.

Pedro Uczai diz que o seminário terá representações dos três estados do Sul e deverá produzir um diagnóstico sobre a situação de hoje das ferrovias na região (desativadas e pouco modernas) e retomar o debate sobre o trabalho para os próximos quatro anos. Temos que pensar um novo modelo para este novo Brasil que estamos vivendo, que requer transporte mais barato, mais seguro e ambientalmente sustentável. A recuperação da malha ferroviária significa mais atividades pdodutivas economicamente viáveis.

Instalada em 15 de junho, a Frente Parlamentar Gaúcha de Apoio à Ferrosul e Qualificação e Ampliação do Transporte Ferroviário, iniciativa do líder do PCdoB, deputado Raul Carrion, já realizou duas audiências públicas – em Passo Fundo e em Santa Cruz do Sul.

Segundo Carrion, cerca de 80% das cargas no Rio Grande do Sul são transportadas por meio de rodovias, o que gera um alto custo logístico e, em consequência, perda na competitividade com os demais estados. Ele também lembrou que dos 28 mil quilômetros de ferrovias privatizadas no RS, 16 mil foram desativadas pelas concessionárias, aumentando ainda mais os prejuízos.

Planejada para interligar os Estados do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) -_ Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, além da região Oeste brasileira, o Paraguai e a Argentina – a Ferrosul representaria a possibilidade de viabilizar o transporte do Porto de Rio Grande para o Norte do país, com custos mais reduzidos, entre outras vantagens.

A Assembleia gaúcha aprovou, em outubro do ano passado, projeto que autorizava a participação acionária do Rio Grande do Sul na Ferrosul. Lei semelhante foi aprovada pelas Assembleias do Paraná e de Santa Catarina.

O ex-presidente da Ferroeste e coordenador do movimento de apoio a Ferrosul, Samuel Gomes, disse que a macrorregião do Codesul contará com uma moderna empresa pública de planejamento, construção e operação de ferrovias e sistemas logísticos. Vai enfrentar e vencer a barreira que os altos custos logísticos representam para o desenvolvimento econômico e social da integralidade do seu território, especialmente das regiões mais distantes dos portos, afirma.

 

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