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Waldez promete criar central para controlar licitações do governo do AP

Projeto foi citado após ele ser indagado sobre denúncias de corrupção. O pedetista participou da série de entrevistas do G1 e da TV Amapá.

O candidato ao cargo de governador do Amapá Waldez (PDT) disse que, caso eleito, criará uma Central de Licitações para avaliar os contratos formulados pelo governo do estado. A proposta foi uma das apresentadas pelo pedetista durante entrevista a TV Amapá e G1, nesta terça-feira (19). O projeto foi citado por Waldez após ele ser indagado sobre as denúncias de corrupção no período em que foi governador e que acarretaram na prisão dele em 2010, durante a operação “Mãos Limpas” realizada pela Polícia Federal (PF).

 

Se implantada, a Central de Licitações será formada pela Controladoria e Procuradoria Geral do Estado visando orientar e controlar a formulação dos certames, conforme destacou o candidato.

 

Ainda de acordo com o pedetista, a Central de Licitações vai reforçar o controle externo da gestão e contribuir para a clareza de todo o processo. “Vai ficar mais eficiente, diminuindo as possibilidades de erro”, reforçou.

 

Waldez afirmou “ter a consciência tranquila” a respeito do desenrolar da operação da PF, que à época revelou indícios de desvio de recursos da União repassados à Secretaria de Estado da Educação (Seed).

 

“Fui vítima de uma armação política, pois se passaram quatro anos e não tem nada que prove os fatos. Vou cobrar na justiça federal os esclarecimentos com relação a isso”, ressaltou.

 

Segurança Pública

O candidato disse ser necessária a criação de políticas para aproximar as autoridades policiais da comunidade. Ele frisou que os oficiais não podem aparecer publicamente somente quando um crime já tiver ocorrido.

Emprego e Renda

Waldez disse que pretende rever a cobrança antecipada dos impostos e que as políticas de crédito para pequenos empreendedores também precisam ser revistas. Ele acrescentou que o foco no setor industrial e a regulamentação da Zona Verde serão uma das prioridades do seu governo, caso eleito.

 

Orçamento

O candidato disse que o primeiro ato dele à frente da gestão estadual, se for eleito, será promover uma reunião com todos os prefeitos dos municípios amapaenses para discutir a formulação de políticas públicas com o orçamento do estado. “Vou pacificar as relações e construir uma frente de trabalho para o desenvolvimento do Amapá”, frisou.

 

Educação

O candidato disse que pretende continuar os trabalhos que desenvolvia na rede pública de educação do estado. Ele destacou que, caso eleito, priorizará o ensino nas áreas rurais.

 

“Melhorei muito os transportes escolares e melhorei a formação dos professores. O estado [na época em que era governador] investiu quase R$ 5 milhões por ano na educação. Foi tanto investimento que criei na Universidade Estadual do Amapá (UEAP) um curso superior para alunos de escolas agrícolas”, destacou.

 

Habitação

O candidato foi indagado sobre a promessa feita em 2006, durante a campanha de reeleição ao governo, de que construiria 10 mil casas populares. Waldez afirmou não ter conseguido executar as obras porque “não houve planejamento do governo anterior” a gestão dele.

“Tudo foi uma questão de planejamento. Não existia nenhum terreno e nenhum centavo para a construção de habitações. Então intensifiquei o plano e posso dizer que tudo que existe de casas populares hoje foi uma iniciativa do PDT”, ressaltou.

 

Perfil

Antônio Waldez Góes da Silva tem 52 anos e é técnico agrícola. Ele nasceu no município de Gurupá, no Pará, e é filiado ao PDT desde 1989, além de ser presidente do diretório estadual da legenda. Waldez exerceu o mandato de deputado estadual nas legislaturas de 1990 e 1994. Em 2002 foi eleito governador do Amapá e reeleito em 2006.

 

Entrevistas

As entrevistas com os cinco candidatos ao governo do Amapá que ocupam as primeiras posições na pesquisa Ibope iniciaram na segunda-feira (18) e encerram na sexta-feira (22). As entrevistas tem duração de 10 minutos e são transmitidas ao vivo. Após Bruno Mineiro (PT do B) e Waldez (PDT), ainda serão entrevistados ao vivo Jorge Amanajás (PPS), Lucas Barreto (PSD) e Camilo Capiberibe (PSB).


Genival Cruz (PSTU) e Décio Gomes (PCB), que foram os dois últimos colocados na pesquisa do Ibope, com 1% das intenções de voto, terão reportagens sobre as suas propostas de campanha veiculadas nos dias 23 e 25 de agosto respectivamente.

 

(Fonte: G1)

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