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Várias cidades não terão posse por problemas com a Justiça Eleitoral

Em muitas cidades não vai haver posse.

2017 vai começar com uma situação complicada para os moradores de Foz do Iguaçu, no Paraná. A cidade não vai ter prefeito.

Paulo Mac Donald Ghisi, do PDT, foi eleito nas últimas eleições com 58 mil votos, mas não poderá assumir a prefeitura porque teve a candidatura impugnada devido a condenações por improbidade administrativa. “Não foi desvio de dinheiro, propina como a gente vê por aí, achaque, extorsão. Foram aspectos exclusivamente formais, eu não cometi nenhum erro”, diz.

Mac Donald tentou recorrer por três vezes, mas a decisão do Tribunal Superior Eleitoral foi de impedir a candidatura.

Com o futuro político incerto, resta agora esperar até que os novos vereadores da cidade tomem posse, para que então seja escolhido o novo presidente da Câmara. É ele quem vai assumir de fato a prefeitura, até que seja feita uma nova eleição.

A escolha do presidente da Câmara deverá ser feita por 10 dos 15 vereadores eleitos. Cinco foram presos no dia 15 de dezembro, um dia depois da diplomação, durante uma fase da Operação Pecúlio, que investiga crimes contra a administração pública de Foz.

Não existe prazo determinado para essa administração provisória, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná vai definir um novo calendário, com direito a convenções, propaganda eleitoral e, é claro, nova eleição.

No Paraná, segundo o último levantamento do TRE, 18 cidades ao todo começam 2017 sem prefeito. Situação que se repete também em outros estados. Em Ilha Solteira, interior de São Paulo, Edson Gomes, do PP, foi alvo de uma investigação do Ministério Público no período em que comandou a prefeitura entre 2009 e 2012. Ele é suspeito de contratar shows, sem licitação, com pagamento superfaturado. Edson conseguiu o maior número de votos na eleição passada, mas o TRE suspendeu a candidatura. Ele teve a prisão decretada e está foragido.

Em São Bento Abade e Ervália, cidades de Minas Gerais, a Justiça Eleitoral determinou a realização de novas eleições e, até lá, o presidente da Câmara municipal vai comandar as duas cidades.

“Pode até ser que nesses governos provisórios tenham coisas boas para a população, então a gente espera, claro, que no final das contas seja positivo e que a população tenha um aprendizado democrático em relação aos candidatos que escolhe”, diz Rafael Egídio, cientista político.

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