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Unidade do Ibama deixa de receber animais em Seropédica

Bichos ficam estressados com obras do Arco Metropolitano, e centro de triagem tem de fazer barreira acústica

RIO – Há seis dias, os animais silvestres apreendidos no Rio estão sem destino. Tudo porque, desde o dia 16 de maio, o Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama, em Seropédica, deixou de aceitar bichos de qualquer espécie. Segundo o Ibama, o motivo é a necessidade de se executar obras de isolamento acústico e barreiras no entorno para que a construção do Arco Metropolitano, que acontece ao lado do Centro de Triagem, não afete as duas mil espécies que vivem por lá.

— É escandaloso. O Ibama recomenda que não sejam apreendidos mais animais silvestres pelos órgãos. Eu fui até lá tentar entregar um tucano e não pude deixá-lo. Estamos sem um local no estado de recepção de animais silvestres. Mas os bichos que já viviam ali continuam no local, sofrendo com a poeira e estressados com o barulho — afirmou Rogério Rocco, analista ambiental do Instituto Chico Mendes.

A construção de um novo centro de triagem foi uma das condições para a obra do Arco Metropolitano atravessar a Floresta Nacional Mário Xavier, onde funciona o atual abrigo de animais. Segundo a Secretaria estadual de Obras, o projeto de um novo espaço foi desenvolvido e apresentado para avaliação do Ibama. No entanto, o Ibama precisou mudar a área onde seria construído o novo centro de triagem e, por isso, a licitação da obra foi cancelada. Ficou acordado, então, que o abrigo será transferido até dezembro para uma região da própria Floresta Nacional Mário Xavier, localizada na Via Dutra.

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