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TCE suspende nova licitação da Linha 4-Amarela do Metrô paulista


O conselheiro do TCE Antonio Roque Citadini deu 48 horas para a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) prestar esclarecimentos

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo mandou suspender a nova licitação para conclusão das obras da Linha 4-Amarela do Metrô (Vila Sônia-Luz), por risco de causar uma disputa desigual entre as empresas e de não exigir garantias das empresas para realização da obra. O conselheiro Antonio Roque Citadini deu 48 horas para a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) prestar esclarecimentos. “Reitero que a situação referida pode causar reais prejuízos ao correto desenvolvimento do certame”, argumentou Citadini.

O empreendimento está orçado em R$ 1,3 bilhão e é financiado pelo Banco Mundial. Compreende obras civis, acabamento e a conclusão de estações como Higienópolis-Mackenzie, além da extensão da linha até a Vila Sônia, na Zona Oeste de São Paulo. O recebimento de propostas estava marcado para ontem (17), mas foi cancelado pelo Metrô. As duas decisões do conselheiro, uma de terça-feira (15) e outra de quarta-feira (16) respondem a dois questionamentos feitos ao tribunal, por uma empresa e um advogado.

O governo de Geraldo Alckmin (PSDB) rompeu o contrato com o consórcio espanhol Isolux Corsán-Corviam, responsável pela construção, após uma série de atrasos na entrega de quatro estações e, posteriormente, a paralisação nas obras. A licitação havia sido publicada em novembro. O consórcio, no entanto, vai poder participar da nova licitação porque a Justiça paulista derrubou o veto a novas concorrências e a multa de R$ 23,5 milhões aplicada pelo Metrô, no início deste mês. A Justiça considerou que tais medidas poderiam provocar prejuízo irreparável às empresas.

Com as suspensões, os já recorrentes atrasos na entrega da obra devem ser ampliados. A linha 4-Amarela começou a ser construída em setembro de 2004 e é a única operada por uma empresa privada. A primeira previsão é que toda a linha, com 11 estações, ficasse pronta em 2008. Porém, até hoje, somente seis estações foram abertas. Além dos atrasos, houve um acidente em 2007, quando uma cratera se abriu nas obras da estação Pinheiros, matando sete pessoas. Até hoje ninguém foi responsabilizado pelo acidente.

(Fonte: Linha Direta)

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