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Splenda vence licitação da Petrobras e assume Imbetiba

A concessão do TPAR foi transferida no início de 2020 para o grupo Splenda, após dez anos sob operação exclusiva da Technip, fornecedora de bens e serviços para a indústria petrolífera. Por estar próximo ao pré-sal da Bacia de Santos e ter capacidade para movimentação de carga, fornecimento de água e um depósito para fluidos e resíduos de perfuração, o terminal tem vocação para o setor de óleo e gás. O grupo, porém, prospecta clientes, sobretudo nas atividades de exportação de café, no segmento de fertilizantes e transbordo de automóveis.

“O TPAR é habilitado como porto multipropósito, pode servir para operações offshore, carga geral e até para o turismo e vamos tentar atender esses três nichos tendo sempre como atividade principal a operação offshore. No passado o Porto de Angra era usado para trazer o café e o minério de ferro de Minas Gerais e levava equipamentos e trigo para o Vale do Paraíba. Tem uma tradição de um porto de carga geral que queremos resgatar”, diz Narcélio, que preside o TPAR.

Ele conta que 2020 foi um ano ruim para setor portuário de uma forma geral, mas que acredita na recuperação a partir do ano que vem. Segundo o executivo, o advento de um novo marco legal para a cabotagem (o “BR do Mar”) e as expectativas em torno da exploração dos blocos de óleo e gás leiloados nos últimos anos trazem “boas perspectivas” para 2021. A companhia não detalha o seu faturamento, mas prevê crescer em mais de 500% no ano que vem.

Narcélio afirma que o TPAR está próximo de fechar seu primeiro contrato de carga geral. O grupo Splenda assumiu o terminal sem clientes e, ao longo de seu primeiro ano de operações em Angra, tem em carteira 20 clientes (entre serviços já prestados e em execução), todos na área de óleo e gás.

Ele conta que o objetivo, num primeiro momento, é “ocupar o porto”, mas que a companhia pretende, no futuro, investir na ampliação do empreendimento, por meio de investimentos de R$ 30 milhões em novos equipamentos de movimentação de carga (como empilhadeiras e guindastes), instalação de área de armazenamento coberta e obras de dragagem do calado do porto. Para isso, a companhia busca um sócio para aumentar a capacidade de investimento do grupo e aguarda a renovação da concessão. Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), o contrato se encerra em 2023. Há, contudo, um pedido na Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários para que a concessão do TPAR seja postergada até 2048.

“Daqui a dois ou três anos, com o Brasil crescendo, acreditamos que podemos partir para uma ampliação”, afirma Narcélio.

O executivo diz também que um dos objetivos, para o futuro, é reconstruir a ligação do porto à malha ferroviária, que foi desativada em 2006. Segundo ele, o terminal está a 68 quilômetros do município de Barra Mansa, onde há um entroncamento de ferrovias da MLS e VLI. O custo de implementação do quilômetro ferroviário é de cerca de R$ 1 milhão. A ideia é que o projeto seja viabilizado em consórcio.

“Vamos buscar um parceiro, um consórcio entre exportadores de café, indústria automobilística e clientes do Vale do Paraíba”, afirmou Narcélio, que aposta no interesse do setor cafeeiro. “Estima-se que o setor de café gasta R$ 200 milhões por ano para exportar café de Minas para os portos do Rio e de Santos e que [um transporte rodoviário a partir do TPAR] pode reduzir em 40% esse custo”, comentou.

Além do contrato para prestação de serviços de operação do Porto de Imbetiba e do contrato de concessão no TPAR, o grupo Splenda opera desde 2019 o Porto do Forno, em Arraial do Cabo (RJ), que tem vocação para a movimentação de granéis. A unidade tem silos com capacidade de até 30 mil toneladas.

(Fonte: Portos e Navios)

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