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Sem Bernardo Figueiredo na ANTT, trem-bala fica órfão

Mesmo após o projeto ter fracassado em três tentativas de licitação, ele defendeu a viabilidade do projeto na Câmara e no Senado e liderou a reformulação total do edital.

 

BRASÍLIA – A saída de Bernardo Figueiredo do comando da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deixa órfão o projeto de infraestrutura mais ambicioso do governo federal. Figueiredo sempre foi o cérebro por trás do trem de alta velocidade.

Alçado por Luiz Inácio Lula da Silva ao comando da ANTT e referendado por Dilma Rousseff para permanecer no posto, Figueiredo sempre defendeu o projeto com unhas e dentes. Mesmo após o projeto ter fracassado em três tentativas de licitação, ele defendeu a viabilidade do projeto na Câmara e no Senado e liderou a reformulação total do edital.

Na semana passada, quando a ANTT completou dez anos, Figueiredo fez um discurso na sede da agência, em Brasília, e chegou a se emocionar na frente dos servidores, ao relatar sua experiência na condução da agência.

Na cerimônia, o ministro dos Transportes, Paulo Passos, elogiou longamente o trabalho feito por Figueiredo e lhe desejou sucesso para os anos seguintes. O clima era de confraternização. Bernardo Figueiredo tinha acabado de ter seu nome aprovado pela Comissão de Infraestrutura do Senado, por 16 votos a favor e uma abstenção.

Por: André Borges
(Fonte: Valor)

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