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Presidente da Fecomércio pede urgência nas obras da Hidrovia do Madeira

Todo o esforço dos empresários e do setor produtivo rondoniense surtirá o efeito econômico desejado nas relações comerciais com estados e países fronteiriços se houver o fortalecimento do nosso modal hidroviário. Foi com esta afirmação que o presidente do Sistema Fecomércio-RO, Raniery Coelho, demonstrou sua preocupação com o adiamento da licitação para contratação de uma empresa responsável para a realização da dragagem do rio Madeira.

O que se deve considerar, segundo o presidente é que o Porto de Porto Velho já está estruturado com a intenção de transformar a capital de Rondônia em um estratégico centro de exportação, absorvendo e escoando a produção e produtos como soja, milho, pescado, hortifruti, frango, madeira, dentre outros.

A acessibilidade e a logística do porto foi tema de palestra proferida pelo presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado (SOPH), Leudo Buriti, no fórum de logística promovido pela Fecomércio, Faperon, Fiero e Governo do Estado, no espaço empresarial da 5ª Rondônia Rural Show, em Ji-Paraná.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) prorrogou o processo, anteriormente programado para acontecer na terça-feira (17.05), para o mês de junho. “O setor produtivo acabou de festejar mais uma edição da Rondônia Rural Show com o fechamento de propostas e negócios para exportação de nossos produtos.

A vontade de crescer é grande, por isso precisamos iniciar as obras de dragagem do rio Madeira o mais breve possível para que o nosso principal modal de exportação atenda aos interesses dos empresários de Rondônia, possibilitando um salto importante a nossa economia”, assinalou Raniery Coelho.A preocupação do presidente da Fecomércio-RO soma-se à de empresários do Amazonas, estado com o qual Rondônia possui estreita relação comercial. Há duas semanas, empresários das empresas de navegação amazonenses disseram que o possível descumprimento do novo prazo acarretará na inviabilização dos trabalhos de dragagem e, consequentemente, na oneração do transporte fluvial com o aumento no tempo de viagem e a redução no volume de cargas, além de maior risco de ocorrência de sinistros ou naufrágios.

Raniery Coelho disse que já teve a oportunidade de discutir o assunto com representantes da bancada federal durante sua participação na Rondônia Rural Show, mas pretende oficializar aos deputados federais e senadores que lutem contra a ameaça de paralisação da licitação da hidrovia. “O desenvolvimento econômico de Rondônia e do País passa por aqui, e a hidrovia possui papel estratégico nesse crescimento. Precisamos sensibilizar o Governo Federal que a hidrovia do Madeira é uma solução viável para o incremento da exportação regional”, acrescentou.

A dragagem do rio Madeira, principal rota fluvial utilizada para o transporte de cargas do Estado do Amazonas, acontece no trecho de Porto Velho (RO) à Itacoatiara (AM). A empresa contratada atenderá à hidrovia pelo prazo de 5 anos. O aviso do adiamento foi publicado no “Diário Oficial da União” no último dia 12 de maio. A abertura das propostas da licitação foi adiada para o dia 14 de junho, às 15h, em Brasília. A contratação de empresa especializada para a execução de dragagem de pontos críticos na hidrovia do Madeira, nos Estados do Amazonas e Rondônia, acontecerá por meio do RDC (Regime Diferenciado de Contratação).

O processo licitatório será via diretoria executiva do Dnit, mas a fiscalização da execução dos serviços terá apoio da Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Amazonas (Dnit-AM). De acordo com o Dnit, um trecho 1.086 km de extensão, que vai da capital de Rondônia até o município de Itacoatiara receberá dragagem. O trecho é considerado crítico pelo próprio Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte. O valor estimado para a dragagem é de R$ 81.825.643,70.

Fonte: Portos e Navios

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