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Parceria do DF com Cingapura vira polêmica

IAB divulgou nota oficial em repúdio ao anúncio do governo e criticou a falta de licitação ou concurso na escolha da empresa, “sobretudo diante da reconhecida expertise existente no Brasil”.

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), foi a Cingapura no início do mês assinar um contrato para que a empresa local Jurong Consultants faça o planejamento estratégico do DF para os próximos 50 anos, projeto denominado Brasília 2060. Ontem, o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) divulgou nota oficial em repúdio ao anúncio do governo e criticou a falta de licitação ou concurso na escolha da empresa, “sobretudo diante da reconhecida expertise existente no Brasil”.

 

De acordo com o IAB, o planejamento da capital não pode ser realizado de “forma açodada” por uma empresa que, segundo a nota, “desconhece a cultura nacional”. “Corre-se o risco da adoção de um neocolonialismo cultural, a partir de expressões urbanísticas e arquitetônicas de outro contexto, normalmente transplantadas de países centrais”, acrescentou o instituto, que pede o fim da parceria.

 

Para o secretário de Assuntos Estratégicos do DF, Newton Lins, há “precipitação, desinformação e equívoco” nas críticas. Segundo ele, o objetivo foi buscar referências internacionais para pensar os próximos 50 anos, mas “em nenhum momento se cogitou alterar qualquer padrão arquitetônico de Brasília”. Ele afirmou que a Jurong foi escolhida por apresentar “técnica inovadora de análise territorial” e possuir “larga experiência em macrozoneamentos, com portfólio invejável de 1.700 projetos espalhados pelo mundo”.

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