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Linha 4: estações devem sair neste ano

É a 8ª data divulgada pelo governo desde 2001 para a conclusão da 1ª fase das obras; gestão anterior não cumpriu nem 50% das metas.

Mais de sete meses após a inauguração de duas estações – Faria Lima e Paulista – da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo, continua sem data a abertura de outras quatro paradas (Butantã, Pinheiros, República e Luz) que possibilitarão a conclusão da primeira fase das obras. O novo secretário de Estado de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, afirmou que a entrega das estações restantes fica para “até o fim de 2011”, acrescentando que não “gostaria de precisar esperar até lá”.

É a oitava data divulgada pelo governo do Estado desde 2001, quando foram abertas as licitações para a construção da linha. Até agora, mais de R$ 2,3 bilhões já foram investidos nas obras. Segundo o Metrô, “a entrega das demais estações da primeira fase depende da conclusão bem-sucedida de uma série de complexos e exaustivos protocolos de testes”. A previsão, por enquanto, se restringe aos “próximos meses”. Primeiro, devem ser entregues Butantã e Pinheiros, cujas obras de engenharia já foram concluídas. Quanto às demais estações (Fradique Coutinho, Oscar Freire, Higienópolis, Morumbi e Vila Sônia), um documento de prestação de contas da Secretaria de Transportes Metropolitanos, do fim do ano passado, trouxe a data de 2012, sem especificar o mês, para abertura.

Mas o próprio Metrô, no ano passado, falou em 2013. As obras para esta fase, que incluem um túnel para manobra de trens e a finalização das estações, estão ainda no início. Problemas. No fim de 2010, segundo um engenheiro que participou dos testes nas estações, os protocolos envolveram ensaios de abertura e fechamento do sistema de portas de plataforma, que em algumas estações apresentou problemas pontuais.

De acordo com ele, “fazem-se mil paradas” dos trens nas plataformas, por exemplo. Destas, as composições devem se alinhar com precisão milimétrica às portas em “997 ou 998 vezes, no mínimo”. Caso pequenos ajustes sejam necessários, o protocolo deve ser repetido até que haja a certeza plena do funcionamento perfeito, explica o engenheiro. Balanço da gestão anterior. Além de novos projetos, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) tem a missão de tirar do papel um plano elaborado para ser grande, mas que sofre com obras atrasadas, problemas em licitação e projetos que ficaram somente no papel. Apenas no Metrô, a previsão inicial do chamado Plano de Expansão (de 2007) era de que a rede passaria de 61,3 km para 80 km até o fim do ano passado – mas apenas 45,9% disso virou realidade até agora.

A expansão na rede aconteceu principalmente na Linha 2-Verde, onde foram inauguradas as Estações Alto do Ipiranga, Sacomã, Tamanduateí e Vila Prudente. Estão em obras 20 quilômetros – a maior parte da Linha 4. “Estruturas complexas, como linhas metroferroviárias, trabalham com prazos estimados que não podem ser tratados de forma rígida”, informou, por meio de nota, a antiga gestão na Secretaria. “Linhas de metrô de Atenas, Cingapura, Bangcoc, Barcelona e Budapeste tiveram estendida a data de entrada em operação por fatores externos.”

Sobre a Linha 5-Lilás – que está suspensa sob suspeita de conluio das empresas para fraudar a licitação -, Fernandes afirma que os participantes no processo terão até o dia 14 para apresentar recursos. Após esse período, o Metrô decidirá se vai manter a licitação ou realizar uma nova, que poderia ser no modelo de parceria público-privada (PPP). A gestão pretende também realizar a Linha 6-Laranja (São Joaquim-Brasilândia) e a 17-Ouro, que passa por Congonhas e pelo Morumbi, independente da realização da Copa do Mundo. Haverá investimentos ainda nos trens regionais, como para Sorocaba. “Se o trem de alta velocidade sair, vai nos resolver dois problemas: Campinas e São José dos Campos.” Ele reafirmou ser favorável ao TAV. “Tem nosso apoio incondicional.”


Três perguntas para Jurandir Fernandes (secretário dos transportes)

1.Como será essa saída do metrô da capital?

Queremos fazer a ultrapassagem da fronteira da capital pelo metrô. O ABC, com esse projeto de metrô leve, é uma região. A outra é a terceira fase da Linha 4-Amarela, que será estendida até Taboão da Serra.

 

2.Já houve conversa com os prefeitos do ABC?

Estou sendo convidado para uma reunião. Peço paciência porque estou na montagem da equipe e em uma semana creio que poderei atender a esse pedido. É um dos primeiros assuntos que quero tratar.

 

3.Haverá ampliação do metrô para o restante da Grande São Paulo?

Vamos ampliar o sistema metroferroviário na Região Metropolitana com sistemas de média capacidade. Seja por meio de metrô leve, veículo leve sobre trilhos (VLT) ou mesmo os BRTs (ônibus).

 

Por: Daniel Gonzales, Gabriel Vituri, Eduardo Reina e Renato Machado
(Fonte: Estadão Online)

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