Categories: Notícias

Licitação de coletes à prova de balas é suspensa por Secretaria de Segurança

Pregão eletrônico deveria ter ocorrido no dia 14 novembro do ano passado; equipamentos seriam usados por policiais mulheres

 

No estado que tem um dos maiores números de policiais mortos em confrontos, uma decisão da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro (Seseg) provoca polêmica. O órgão suspendeu a licitação para a compra de 3.722 coletes à prova de balas. Todos seriam usados por policiais do sexo feminino. O pregão eletrônico deveria ter ocorrido no dia 14 de novembro do ano passado. Segundo a secretaria, ainda não há nova data para ocorrer a licitação.

 

Por nota, o órgão informou que “o pregão foi cancelado porque as empresas que se candidataram solicitaram mais informações técnicas”. O lote que seria comprado previa 2.305 coletes balísticos para a Polícia Civil e 1.417 para a Polícia Militar.

 

Na justificativa descrita no edital da licitação, a secretaria diz que para “os profissionais de segurança, suscetíveis a projéteis de armas de fogo, facadas e golpes, o colete balístico é imprescindível e perpassa por todos os tipos de atividade operacional”.

 

Mas não é exatamente assim que funciona sempre. Policiais ouvidas por o DIA reclamaram que estão usando coletes de janeiro de 2008. O prazo de validade é de cinco anos, o mesmo que está sendo exigido no lote que o estado iria comprar.

 

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio de Janeiro (Sinpol), Leonardo Motta, se mostrou surpreso com a suspensão da concorrência. “A gente vê isso com muita apreensão e sugerimos que a policial que não se sentir segura não vá para a atividade de campo. Vamos ficar de olho nessa questão”, afirmou ele.

 

(Fonte: O Dia)

Portal de Licitações