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Kassab ainda tem R$ 8,7 bi em caixa

É mais que o total previsto para novas obras neste ano; tirando verbas carimbadas, superávit a 126 dias do fim da gestão é de R$ 5,5 bi

 

A quatro meses do fim da gestão Gilberto Kassab (PSD), a Prefeitura tem em caixa R$ 8,7 bilhões. Descontados compromissos assumidos com fornecedores e terceiros, o superávit é de R$ 5.542.978.133,96. O acúmulo em aplicações financeiras representa 24% do Orçamento 2012 (R$ 35 bilhões) e mais do que o montante previsto para novas obras neste ano (cerca de R$ 8 bilhões). Reflete ainda demora no desenvolvimento e execução de projetos, seja por impedimento jurídico ou decisões políticas. A paralisia no empenho dos recursos prejudica diretamente algumas das principais metas da administração, como a entrega de três hospitais e a revitalização da cracolândia.

 

O montante poupado pelo governo equivale ao orçamento atual de Belo Horizonte, a sexta maior cidade do País. Situação muito diferente da encontrada no fim da gestão de Marta Suplicy (PT), em 2004. Na época, a ex-prefeita deixou disponíveis em caixa R$ 16 mil, descontados os “restos a pagar”. A conta rendeu duras críticas de seu sucessor, José Serra (PSDB), que acusou a petista de deixar o caixa da Prefeitura vazio.

 

Passados oito anos, a situação econômica da administração é inversa. Além das verbas que não foram gastas em função do atraso na execução de obras, a capital paulista viu crescer em 14% a arrecadação do IPTU nos últimos dois anos, o que explica, segundo especialistas, parte do extra no cofre. Em 2010, o valor do tributo teve acréscimo de até 45% para residências e até 60% para comerciantes. Repasses relacionados ao Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e Imposto Sobre Serviços (ISS) também engordaram a conta.

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