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Infraestrutura recebe mais recursos externos

 

O setor de energia elétrica também teve resultado bastante positivo. Recebeu R$ 2,83 bilhões e ficou com 6,9% dos recursos externos. A exemplo do que ocorreu em telecomunicações, o segmento também teve entrada de dinheiro decorrente de aquisições. Mas boa parte foi para tirar novos projetos do papel. A área de energia eólica, por exemplo, atraiu muito capital externo nos últimos meses.

Com a crise internacional e a queda na demanda do mercado americano e europeu, muitas empresas decidiram explorar os ventos brasileiros. As boas oportunidades no mercado interno impulsionaram não apenas o setor como também toda a cadeia de fornecimento de equipamentos. Fabricantes espanhóis, argentinos e indianos desembarcaram no País dispostos a abocanhar uma fatia do mercado.

A atratividade dos setores de telecomunicações, energia elétrica e petróleo, no entanto, não se repetiu na área de transportes e saneamento básico, dois segmentos carentes de investimentos. Uma das explicações é a lentidão do governo federal para realizar leilões de concessão de rodovias e portos. A última licitação de estradas ocorreu em 2009, com a BR-324 e BR-116, na Bahia. De lá pra cá, os únicos leilões foram dos governos estaduais, mas acabaram arrematados por companhias nacionais.

No setor portuário, a lentidão é ainda maior. “O governo é muito moroso para liberar a construção de um porto. Só nos terminais públicos há cerca de R$ 6 bilhões aguardando liberação”, destaca o presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli. Calcula-se que o País tem uma demanda para construção de 29 terminais de contêineres.

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