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Hospital Escola da UFPel lança edital de licitação para construção de sede própria

O Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel) lançou, no dia 7, o edital de licitação para construção de sede própria. O projeto será financiado através do Novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), do governo Federal, e contará com R$ 265 milhões de investimento. A obra deve ser entregue em até 36 meses após o início dos trabalhos.

O processo licitatório foi publicado no Diário Oficial da União no dia 8 de julho. Já a abertura dos lances para as empresas interessadas começa no dia 12 de agosto e pode levar cerca de 20 ou 30 dias. A intenção é que, em setembro, a empresa que ficará responsável pelo projeto já tenha sido selecionada. No ato de assinatura do contrato, é esperado a presença do presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), bem como do presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Arthur Chioro, responsável pela gestão do HE.

O trabalho da empresa deve iniciar em até 30 dias após a assinatura. “Considerando que todos os prazos estejam em conformidade com aquilo que está planejado, estimamos que a obra deve ter início até o final do mês de outubro”, explica Isabela Andrade, reitora da UFPel.

O recurso para o projeto de construção foi assegurado pelo PAC em agosto do ano passado, disponibilizando R$ 1,5 bilhão para qualificação de hospitais universitários vinculados à Ebserh. Sendo o único hospital que ainda não possui sede própria entre as 45 unidades da rede, o HE-UFPel tem R$ 265 milhões deste montante garantido pelo programa do governo Federal. A instituição já recebeu R$ 51 milhões para o início das obras em 2024.

Além de aumentar o número de leitos, o projeto possibilitará ampliação de especialidades e equipe do hospital. Segundo Carolina Ziebell, superintendente do HE-UFPel, o maior benefício é o tratamento de casos que atualmente não podem ser solucionados no município. “Não precisaremos encaminhar esses casos para outras cidades, como Porto Alegre. Também, vamos desafogar o sistema de saúde da Região Metropolitana”, explica.

De acordo com a reitora da UFPel, esse é o maior investimento aportado pela Ebserh em hospitais universitários. “Isso, para nós, é muito importante e impactante. A gente ver que, de fato, isso agora sairá do papel é bastante significativo”, declara ela. Carolina completa a fala da reitora: “Nós estamos vivenciando a concretização de um desejo de muito tempo da comunidade acadêmica e da região. É um momento muito especial, estamos felizes de estar participando dele, engajados com todas as pessoas que nos auxiliaram a estarmos aqui hoje”.

Relembre sobre o projeto

O HE-UFPel já possui o Bloco 3, inaugurado em 2020. Com o projeto, serão construídos os Blocos 1 e 2 com uma área de mais de 46 m². Atualmente, o hospital conta com 172 leitos, sendo 15 deles Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Após a expansão, a instituição passará a contemplar 274 leitos, sendo 50 destes UTIs – 10 pediátricos, 10 neonatal, 10 semi-intensiva neonatal e 20 para adultos, com possibilidade de ampliação para 30.

Os novos setores serão destinados à assistência em saúde da região, bem como para uma maior integração entre os processos. “A nossa ideia é que o hospital atenda a demanda necessária pelo ensino e, mais do que isso, tenha ação dos docentes e pesquisadores da UFPel junto ao local onde estão sendo tratados os nossos pacientes. Essa integração será o maior ganho para Pelotas e região”, explica a superintendente. Carolina ainda ressalta que as áreas assistenciais possuem áreas de ensino para todos os cursos ligados à saúde.

O maior setor será o Bloco 1, com um total de oito pavimentos, dos quais seis já serão habitados e dois ficarão disponíveis para ampliações futuras. Esse bloco contemplará internações hospitalares com novos leitos e serviços, como uma unidade de internação em saúde mental.

Segundo a superintendente do HE-UFPel, essa é uma demanda histórica da região e dos cursos da área da saúde da Universidade. Além disso, haverá um aumento no número de salas cirúrgicas, passando de três para sete salas. Neste bloco, também ficarão as novas UTI’s e novos serviços de imagem e hemodiálise.

O Bloco 2 terá dois pavimentos com serviços ambulatoriais, como uma Central de Imaginologia, Endoscopia Digestiva, Análises Clínicas e um Centro de Reabilitação com atuação da fisioterapia, terapia ocupacional e fisiatria para a reabilitação de pacientes. Há também consultórios de atendimento em saúde com equipes multiprofissionais, além de Serviço de Atendimento Especializado (SAE) e o Hospital-Dia – assistência intermediária entre a internação e o atendimento ambulatorial. Também terá um auditório com capacidade de 150 lugares para eventos médicos.

Após a construção da estrutura física, será preciso ainda uma nova arrecadação de recursos para o mobiliário da instituição. Estima-se que será necessário cerca de R$ 70 milhões para equipar esses novos setores. “Já estamos trabalhando nesta perspectiva, seguimos batalhando pelo hospital. Esse recurso [atual] foi a primeira parte, mas sabemos que temos muito trabalho pela frente”, explica a reitora.

(Fonte: Jornal Tradição)

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