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Guerra interna abala Fundacentro

Grupo de funcionários protesta contra o presidente da entidade, subordinada ao Ministério do Trabalho; ele afirma sofrer ”assédio moral”

 

Um clima de guerra tomou conta da Fundacentro, órgão do Ministério do Trabalho cuja missão é atuar pela saúde física e mental dos trabalhadores. O tiroteio resvala inclusive no diretor de teatro Amir Haddad e no ator global Antonio Pedro Borges.  De um lado, um grupo de funcionários faz acusações contra o presidente da Fundacentro, Eduardo de Azeredo Costa, e entregou ao Ministério do Trabalho no mês passado uma carta pedindo a troca de comando da entidade. De outro, Costa diz que sofre “assédio moral” por causa das reclamações e denúncias a que responde.

 

No meio está o grupo de teatro Tá na Rua, que recebeu da Fundacentro R$ 828 mil para fazer 30 apresentações em espaços públicos e em fábricas ao longo de 2010 e registrá-las em documentário. Para os funcionários que querem derrubar o presidente da Fundacentro, o projeto tem um custo “elevadíssimo”, uma vez que corresponde a um quinto do orçamento que a entidade tem para ações na sua atividade.

 

Nas apresentações, o Tá na Rua exibia cartazes do ex-presidente Getúlio Vargas, do fundador do PDT Leonel Brizola e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no meio de figuras históricas não ligadas a partidos, como Zumbi dos Palmares.

 

O ministro Carlos Lupi, o presidente da Fundacentro e o ator contratado para ancorar o documentário, Antonio Pedro, são do PDT. Borges foi candidato a deputado estadual pela sigla em 1990. O documentário tem duas aparições de Lupi.

 

Sobrepreço. A Controladoria Geral da União (CGU) apontou em junho que havia “risco de sobrepreço” de R$ 315 mil no projeto. O Instituto Tá na Rua recebeu os R$ 828 mil e repassou R$ 598 mil à empresa Voglia Produções Artísticas. Segundo a CGU, o projeto não poderia ter essa subcontratação porque foi feito com dispensa de licitação. Em dezembro, a Controladoria novamente cobrou informações da Fundacentro, que diz ter enviado mais detalhes em janeiro. A CGU ainda analisa o caso.

 

A Voglia diz ter sido informada que a subcontratação era permitida. Amir Haddad, responsável pelo Tá na Rua, afirma que o contrato com a Fundacentro “previa subcontratação de uma parceira”. Costa, presidente do órgão, informa que o Tá na Rua foi o grupo mais barato entre três consultados pela Fundacentro em uma tomada de preço.

 

Já Antonio Pedro afirmou que recebeu nesse projeto menos do que costuma ganhar no mercado. Costa disse que Antonio Pedro foi “escolhido” por ter sua imagem ligada ao papel de operário na antiga Escolinha do Professor Raimundo, da TV Globo.

 

Por: Sílvio Guedes Crespo
(Fonte: Estadão Online)

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